São Paulo, quinta-feira, 20 de agosto de 2009

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CONSTRUÇÃO CIVIL

JHSF negocia venda de dois shopping centers em metrôs

DA REPORTAGEM LOCAL

A JHSF Participações está negociando a venda de dois de seus empreendimentos, o Shopping Metrô Santa Cruz e o Shopping Metrô Tucuruvi, ainda em desenvolvimento. Segundo a Folha apurou, a incorporadora recebeu oferta por ambos, mas ainda não fechou o negócio.
Para analistas, a venda dos dois centros de compras poderia resultar em mais de R$ 400 milhões para o caixa da JHSF. Antes de serem concretizados, os negócios têm de ser aprovados pelo Metrô.
Dona, entre outros projetos, do shopping Cidade Jardim, a JHSF já havia anunciado anteriormente a intenção de voltar-se apenas a empreendimentos destinados ao público de alta renda e de uso misto, que abrigam residências, comércio, escritórios e hotéis. Ao colocar esses dois shoppings, voltados a consumidores de menor poder aquisitivo, à venda, a construtora buscaria fortalecer o caixa para avançar na área priorizada.
Hoje, a JHSF tem R$ 230 milhões em caixa e expectativa de lucrar, nos próximos três anos, mais de R$ 680 milhões com os empreendimentos já lançados. Para levar à frente os cinco projetos que tem hoje em carteira, a empresa precisará de cerca de R$ 250 milhões.
No último trimestre, a JHSF teve lucro de R$ 5,5 milhões, ante R$ 72 milhões do mesmo período do ano passado. Entre os motivos para a redução estão ajustes nos custos de alguns projetos e o impacto da valorização cambial sobre o empreendimento da incorporadora no Uruguai.
Apesar de a empresa não ter problemas de caixa, consultores independentes que assessoram algumas das marcas instaladas no shopping Cidade Jardim dizem que a JHSF vem tendo dificuldades com o empreendimento. Isso porque há lojas que não conseguiram atrair o consumidor desse shopping. Entre elas estaria a Zara, que não alcançou o retorno esperado.
Em entrevista anterior, a JHSF informou que receita e frequência têm crescido e a inadimplência é baixa. A concorrência interna estaria em fase de adaptação. Procuradas, a JHSF e a Zara não deram entrevistas. (CB)


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