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BC resgata títulos, e dívida cai em agosto
LEONARDO SOUZA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O estoque da dívida interna em
títulos públicos federais diminuiu
em R$ 51,6 bilhões em agosto sobre julho devido à apreciação do
real em relação ao dólar no período e a resgates líquidos (retirada)
de papéis do mercado.
De R$ 674,40 bilhões, o total da
dívida mobiliária caiu para R$
622,79 bilhões. Em julho, a taxa
média do dólar utilizada pelo Tesouro Nacional para corrigir a
parcela da dívida atrelada ao câmbio foi de R$ 3,42. Para o fechamento dos números de agosto, a
cotação média do dólar caiu para
R$ 3,02.
Naquele mês, o real se valorizou, entre outros motivos, puxado pelo pacote de ajuda financeira
do FMI ao Brasil, no valor de US$
30 bilhões, anunciado na primeira
semana daquele mês.
Como o dólar voltou a subir
neste mês, contudo, provavelmente a dívida corrigida pela
moeda americana deve aumentar
novamente quando foi divulgado
o resultado de setembro.
Segundo o chefe do Departamento de Operações de Mercado
Aberto do Banco Central, Sérgio
Goldenstein, a valorização do real
representou redução da dívida
em R$ 29 bilhões.
A dívida corrigida pela moeda
americana no mês passado ficou
em R$ 217,87 bilhões, incluídas as
operações de "swap" cambial
(transações pelas quais o BC garante remuneração em dólar ao
investidor). No mês anterior, a dívida corrigida pelo câmbio estava
em R$ 249,84 bilhões.
No mês passado, venceram ao
todo R$ 18,7 bilhões da dívida interna, mas só foram emitidos R$
2,3 bilhões de títulos. Portanto foram resgatados R$ 16,4 bilhões.
Além disso, o BC recomprou R$
19 bilhões de títulos.
A soma da recompra de títulos
com o efeito da apreciação do
câmbio, mais o resgate líquido de
papéis, perfaz R$ 64,4 bilhões,
portanto R$ 12,8 bilhões a mais do
que a redução da dívida. Essa diferença é explicada pela correção
monetária da dívida.
O BC anunciou que continuará
a retirar parte dos títulos e
"swaps" cambiais do mercado. Os
US$ 150 milhões que vencem hoje
serão resgatados. Para o vencimento de US$ 1,52 bilhão do dia
25, até 50% serão rolados.
Há ainda US$ 1,25 bilhão no dia
1º de outubro, que será renovado
em até 70%. Além disso, há mais
US$ 3,62 bilhões no dia 17 e US$
1,09 bilhão no dia 23 de outubro,
para os quais os percentuais de
rolagem não foram definidos.
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