São Paulo, sexta-feira, 20 de setembro de 2002

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México sente turbulência e recua 5,3%

DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa mexicana caiu 5,29% ontem, a maior retração desse mercado em apenas um dia neste ano. O tombo foi causado pelo temor de um ataque dos Estados Unidos ao Iraque e por problemas econômicos nos EUA e no Brasil. Outras Bolsas na América Latina também fecharam em queda, influenciadas por essas notícias.
O pior resultado, porém, foi mesmo o do México. Além da possibilidade do ataque americano ao Iraque, a economia mexicana está sendo afetada pelos números negativos do mercado dos Estados Unidos, seu vizinho e maior parceiro comercial.
A turbulência na economia brasileira, motivada pela proximidade das eleições presidenciais, também se faz sentir.
Outro fator que contribuiu bastante para a queda da Bolsa da Cidade do México foi o temor do mercado com relação a uma possível greve na Pemex (Petróleos Mexicanos).
Os funcionários da empresa, a maior estatal do país, podem entrar em greve no próximo dia 2 de outubro caso não cheguem a um acordo salarial com o governo.
"A ausência de catalisadores positivos a curto prazo e a permanente incerteza em relação a diversos assuntos, como a guerra entre os EUA e o Iraque e as eleições no Brasil, justificaram o predomínio das vendas", disse Carlos Ponce, analista do grupo financeiro Ixe.
Como reflexo dos problemas enfrentados pela Bolsa, a moeda mexicana também se desvalorizou em relação ao dólar. A moeda norte-americana, que na quarta-feira estava cotada a 10,01 pesos mexicanos, valia 10,13 pesos ontem à tarde, no fechamento do mercado.
Na Argentina, a Bolsa fechou em baixa de 0,42%, prejudicada pelos resultados negativos das Bolsas de Nova York e de São Paulo. Esse foi o quinto pregão consecutivo de queda no mercado de Buenos Aires.
Com esse resultado, o peso caiu ainda mais em relação ao dólar. Ontem, a moeda norte-americana era negociada a 3,63 pesos, contra 3,61 pesos do dia anterior.
Outra Bolsa latino-americana que caiu foi a venezuelana, com recuo de 0,54%.


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