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DE VOLTA
Secretária e gerente do setor de seguros não ficam três meses sem trabalho
Qualificado obtém vaga facilmente
DA REPORTAGEM LOCAL
Mara Melo, 48, secretária bilíngüe, e Álvaro Trilho, 40, do
setor de seguros, não imaginavam que dois meses e meio após
enfrentarem um processo de
demissão estariam novamente
empregados. Na Grande São
Paulo, o trabalhador levava em
julho, em média, 55 semanas
para achar uma vaga, segundo a
Fundação Seade e o Dieese.
Demitida em janeiro, Mara teve o apoio da empresa para conseguir novo emprego. Mas, por
indicação de uma colega, ocupa
desde março a função de secretária-executiva na sede do grupo Pão de Açúcar.
"Fiquei preocupada quando
comecei a buscar emprego porque tenho mais de 40 anos. De
65 empresas procuradas, seis
me chamaram para entrevistas
e só uma me ofereceu um emprego. Mas acabei acertando
com o Pão de Açúcar, que não se
importou com minha idade."
Trilho, 40, ficou desempregado por dois meses e meio. No
dia 16 de agosto começou a trabalhar como gerente corporativo de seguros da Votorantim
Participações. "Trabalho com
seguros há 14 anos e por isso
não tive tanta dificuldade para
encontrar uma vaga. Esse mercado está certamente mais
aquecido do que há um ano."
Segundo ele, no ano passado,
um profissional especializado
em seguros levava de quatro a
oito meses para encontrar um
emprego. "Eu levei dois meses e
meio. Foi muito rápido", diz.
"As empresas estão optando
por operários acima dos 40 anos
e com mais qualificação, mesmo na linha de produção", afirma o operário Roberto Larrussa, 42, recém-contratado da metalúrgica Aro, em Guarulhos.
(FF e CR)
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