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SAIBA MAIS
Acerto externo pode minimizar rixas no bloco
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O acordo de livre comércio entre o Mercosul e a
União Européia seria uma
válvula de escape para algumas das disputas comerciais
entre o Brasil, a Argentina, o
Uruguai e o Paraguai. A
obrigação de abrir os seus
mercados para produtos europeus e a possibilidade de
ampliar as exportações da
região reduziriam as reclamações dos vizinhos brasileiros, que dificultam o aprofundamento da integração.
Desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é
inegável que o processo de
integração regional ganhou
um impulso político. Mas
essa vontade política não foi
capaz de sanar um problema
estrutural que dificulta o desenvolvimento do bloco: as
assimetrias econômicas entre seus quatro sócios.
No meio do ano, por
exemplo, a Argentina decidiu -após tentativas de negociações com o Brasil-
impor restrições unilaterais
às exportações brasileiras de
produtos da linha branca.
Os argentinos adotaram medida de salvaguarda para
suas indústrias, prática vetada pelas regras do Mercosul.
Se no final dos anos 90 essa
atitude desencadearia uma
crise diplomática entre os vizinhos, no governo Lula se
escolheu apaziguar a disputa
e reconhecer a necessidade
dos argentinos em proteger
determinados setores.
Com um acordo com a
União Européia, o Mercosul
sairia unido na conquista de
um terceiro mercado, em
vez de os quatro sócios ficarem disputando exportações
intrabloco.
(ANDRÉ SOLIANI)
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