São Paulo, terça, 20 de outubro de 1998

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Algar vende 30% das ações

ELVIRA LOBATO
da Sucursal do Rio

O grupo petrolífero The Williams, dos Estados Unidos, comprou 30% das ações preferenciais (sem direito a voto) da ATL -Algar Telecomunicações Leste- ,que tem a concessão para explorar a telefonia celular na banda B no Rio de Janeiro e Espírito Santo. O serviço entra em fase de teste em dezembro.
O grupo norte-americano investiu US$ 100 milhões na compra das ações, segundo Aristeu Grillo, diretor de relações com o mercado da Lightel, holding do grupo Algar para a área de telecomunicações.
Em contrapartida, a Construtora Queiroz Galvão, que tinha 29% das ações ordinárias (com direito a voto) da ATL vendeu sua participação para os dois outros acionistas: Lightel e South Korea Telecom. Os sócios não revelam o valor desta segunda transação.
A nova composição societária da ATL é a seguinte: o grupo Lightel -controlado pela família Garcia, de Uberlândia, MG- tem 70% das ações ordinárias e igual percentual das ações preferenciais. Os coreanos têm 30% das ações ordinárias e nenhuma ação preferencial. A Williams fica com 30% das preferenciais e não participa do capital votante.
A sociedade entre o grupo Algar e os norte-americanos começou em janeiro do ano passado, quando a Williams comprou 20% do capital da Lightel. A holding controla, entre outras empresas, a Companhia de Telefones do Brasil Central, que atua no Triângulo Mineiro e em alguns municípios dos Estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul e Goiás.
Sediada em Oklahoma e patrimônio de US$ 11 bilhões, a Williams entrou no mercado latino-americano pela Argentina, onde é sócia da YPF, que ontem assinou contrato de parceria com a Petrobrás.
A Williams não fez parte do consórcio que disputou a licitação pública para compra da concessão para o serviço celular. Mesmo assim, adiantou US$ 100 milhões à Lightel para pagamento da concessão. Esse adiantamento é que está sendo convertido em participação acionária.
Aristeu Grillo disse que a Queiroz Galvão saiu da sociedade porque a concorrência pública se arrastou por quase um ano e, nesse período, a construtora mudou seu foco de interesse.



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