São Paulo, segunda-feira, 20 de novembro de 2006

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Mercado Aberto

Guilherme Barros @ - guilherme.barros@uol.com.br

Cresce a aceitação de projetos femininos

Propostas de inovação feitas por executivas mulheres são mais facilmente aceitas pelo corpo diretivo das organizações do que se pode imaginar.
A informação é resultado de enquete feita pelo Grupo de Executivas de São Paulo com 30 mulheres que ocupam altos cargos em empresas na capital paulista, no dia 31 de outubro. De acordo com o levantamento, 69% delas concordam que há boa aceitação de sugestões de caráter inovador.
A pesquisa mostra também que, nas empresas de 64% das entrevistadas, foi implantado algum projeto dessa natureza.
Quando o assunto é o favoritismo masculino, no entanto, o percentual diminui: 55% acreditam que os executivos não levam vantagem apenas por serem homens.
Para Maria Fernanda Teixeira, presidente do grupo, os resultados são uma "boa surpresa", mas não uma regra geral para todos os setores. "Ainda há muitas áreas comandadas somente por homens, como o setor automobilístico, por exemplo", diz.
Segundo ela, nessas empresas, é possível encontrar as mulheres até na linha de produção, já que grande parte já é automatizada. "As mulheres lideram principalmente nos setores em que são grandes consumidoras", afirma.
Ela cita os de moda e cosméticos, entre outros, e destaca o de serviços como o mais importante. "Nas áreas onde há muito contato com os clientes, a mulher acaba alcançando mais projeção", diz.
As empresas de manufatura, as automobilísticas e as de construção foram citadas como as que não elegem mulheres para seus cargos de direção.
Para Maria Fernanda, em um "panorama otimista", levará cerca de 30 anos para que as mulheres ocupem o mesmo número de cargos executivos de empresas ocupados pelos homens.
"É o tipo da coisa que leva uma geração inteira para se alcançar. Os meninos de hoje já têm uma postura diferente sobre as coisas, já assumem muitas tarefas que antes eram só de meninas", afirma Maria Fernanda.

BATATA QUENTE

Com investimentos de R$ 50 milhões, acaba de entrar em funcionamento a Bem Brasil, indústria de batatas pré-fritas congeladas. A empresa, que nasceu da união de duas produtoras de batata, a Montesa e a Rocheto e está localizada em Minas Gerais, espera atingir todos os segmentos do "food service" (bares, restaurantes, lanchonetes, entre outros), além do varejo. "Nossa expectativa é faturar cerca de R$ 100 milhões por ano em três anos", diz o sócio-fundador Marcelo Balerini de Carvalho. O empresário afirma que o momento de inauguração da fábrica é propício para este retorno. "A principal fornecedora, a Europa, está em crise. Talvez isso faça com que nosso mercado não se restrinja só ao Brasil", diz. Com foco voltado também para a exportação, além das batatas pré-fritas congeladas, a empresa também produzirá flocos desidratados, que podem ser usados na produção de alimentos para bebês e de sopas, entre outros alimentos.

JOGO SEM FIO

São Paulo foi a cidade escolhida para sediar o principal escritório latino-americano da Glu Mobile, que acaba de ser inaugurado. Especializada na criação e publicação de conteúdo de entretenimento para celular, a empresa espera atender melhor as necessidades específicas do mercado brasileiro e dar maior suporte de engenharia aos clientes. Na carteira de brasileiros estão empresas como TIM, Claro e Vivo. "Temos ótimas expectativas de crescimento aqui. O Brasil já tem 95 milhões de usuários de celular, mas o número de celulares em relação à população total ainda é pequeno", diz Bill Woods, responsável pelo escritório latino-americano, sobre a escolha do país para sediar espaço. Entre os produtos mais populares desenvolvidos pela empresa estão jogos inspirados no Atari e no Banco Imobiliário.

NOVOS CONTRATOS
De janeiro a setembro de 2006, o setor de leasing fechou 505.210 novos contratos, que movimentaram R$ 20,4 bilhões. O resultado, de acordo com a Abel (Associação Brasileira das Empresas de Leasing) é 52,23% maior em reais e 51,71% em número de contratos, se comparado com o mesmo período de 2005, quando foram registrados R$ 13,4 bilhões e 333.007, respectivamente (veja quadro acima).

NA GELADEIRA
A participação do segmento "frost free" no mercado de refrigeração subiu de 12% para 18% no terceiro trimestre, segundo a Eletros (fabricantes de eletroeletrônicos).

AZEITE
O diretor internacional do azeite Gallo, Pedro Cruz, estará em São Paulo amanhã para o lançamento do Azeite Novo, colheita 2006-2007, no hotel Fasano.

CONSTRUÇÃO
Até a primeira quinzena de dezembro, a Klabin Segall lançará sete condomínios em São Paulo e no Rio de Janeiro, em um total de 2.411 unidades.

MINERAÇÃO
Acaba de ser lançado "Mineração no Brasil - Augusto Antunes, O Homem que Realizava" (Leo Christiano Editorial). O livro narra histórias do empresário.


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