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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Boom imobiliário ainda não aconteceu, diz Sinduscon
Apesar do crescimento do setor da construção civil, ainda
não se pode falar em "boom",
pois ainda há déficit habitacional. A opinião é de João Robusti, presidente do SindusCon-SP.
"O mercado está aquecido,
mas ainda não aconteceu uma
explosão. Há déficit."
Robusti calcula que o volume
de crédito habitacional no Brasil já corresponde a 3,5% do
PIB. "É muito melhor do que os
2% a que estávamos habituados. Mas isto ainda não representa um "boom" imobiliário.
Basta notar que esse mesmo
percentual é de 12% no México,
17%, no Chile, e de 65%, nos Estados Unidos", diz.
Na opinião dele, o país precisa ultrapassar o número do déficit habitacional atual, em torno de 7,8 milhões de moradias.
"Nós temos que bater o passado
e nos preparar para o futuro",
afirma ele.
Com base nesse número e
tendo como principal objetivo
a erradicação do déficit habitacional, o SindusCon vai apresentar, no dia 23 deste mês, a
todos os ministros da área econômica, um documento contendo propostas de incentivo
para a construção.
O material foi escrito com
base em um estudo sobre a experiência do México. "A gente
quer que haja uma vontade do
governo equiparando a erradicação do déficit ao Fome Zero",
diz Robusti.
Entre as propostas estão o
estímulo ao mercado secundário de hipotecas e recebíveis e a
diminuição da burocracia na
aprovação de projetos e na concessão de créditos.
Um dos focos principais é a
baixa renda. O projeto prevê a
criação de novas modalidades
de financiamento habitacional
do FGTS (Fundo de Garantia
do Tempo de Serviço), a criação
de mecanismos que ampliem as
garantias de crédito habitacional, a redução da carga tributária incidente na construção de
moradias populares e estímulos à regularização fundiária,
com o objetivo de formalizar o
mercado imobiliário voltado
para as classes mais baixas.
O SindusCon propõe também a racionalização na concessão de subsídios para que
mais famílias possam usufruir
dos benefícios, a modernização
do sistema de registro de imóveis, com centralização das informações fiscais, de propriedades e dívidas, e a criação de
um cadastro positivo de crédito
que agilize a concessão de crédito e reduza o custo do empréstimo.
GARUPA
Benson Cowan, presidente e CEO da Butterfield & Robinson, especializada em viagens de ciclismo de luxo na Europa, desembarca em São Paulo pela primeira vez para conhecer o
mercado brasileiro. O país, onde a Butterfield & Robinson
atua há cerca de dez anos, já representa o terceiro mercado
mais importante para a empresa, depois de EUA e Canadá. A
empresa, que é conhecida pelo luxo nas hospedagens customizadas e experiências gastronômicas que oferece aos viajantes, aposta na fidelização dos clientes. "Eles já voltam de
uma viagem planejando a viagem seguinte", afirma Cowan.
Entre o roteiros mais procurados estão os da França e da
Itália.
NO CARRINHO
A loja de número 3.000 do
Wal-Mart no mundo será
em São Paulo. O Wal-Mart
Supercenter será inaugurado na quinta-feira, em Granja Viana, em São Paulo. Desde que abriu a primeira loja internacional no México,
em 1991, a divisão internacional da empresa se tornou
um negócio de US$ 77,1 bilhões, que é o quinto maior
varejista do mundo em receita de vendas.
CORRIDA
A Sodexho Cheques e Cartões de Serviço entra no
mercado de compras por
dispositivos móveis com o
Mobility Pass, pagamento
de corrida de táxi via celular.
O primeiro projeto da empresa com tecnologia de pagamento por voz para o mercado de benefícios, deve ser
lançado em 2008.
CRISE DO IPEA 1
Ao contrário de Fábio
Giambiagi, o economista
Otávio Tourinho não deve
voltar para o BNDES. Ele deve se aposentar. Os dois foram afastados do Ipea na semana passada.
CRISE DO IPEA 2
A UFF (Universidade Federal Fluminense) deve
emitir amanhã uma nota pública de repúdio ao processo
de afastamento dos quatro
pesquisadores do Ipea, entre
eles Gervázio Rezende, que
pertence ao quadro de professores da universidade.
EM OBRAS
A Dicico, varejista de materiais de construção, abre
oito lojas até o fim do ano e
totalizará 16 lojas abertas
em 2007. Para 2008, a previsão são mais 23 lojas.
NA ESTRADA
O governo está no caminho de criar um apagão rodoviário. A ANTT, agência
reguladora de transporte
terrestre, que deve regular
também o transporte rodoviário de passageiros intermunicipal e interestadual,
pode ser forçada a licitar
mais de 2.800 linhas de ônibus que ligam a maioria dos
municípios brasileiros. O
risco de "operacionalização"
da licitação, como se viu pelo
exemplo da confusa Anac, é
até maior.
FORMALIDADE
O Ministério do Desenvolvimento lança hoje a campanha "Passos para Construir
e Legalizar sua Empresa". A
mobilização ocorrerá em
cerca de 270 cidades, com alto índice de informalidade,
pelas estatísticas do IBGE.
As juntas comerciais irão informar sobre vantagens da
regularização do negócio.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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