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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
P&G fará corte agressivo de custos em 2009
O presidente da Procter &
Gamble do Brasil, Tarek Farahat, já planeja um plano mais
agressivo de corte de custos para 2009 como parte de sua estratégia para enfrentar a crise
financeira. Em seu último comunicado interno, ele pediu a
colaboração de todos os funcionários: recomendou que eles
apaguem a luz ao sair do escritório e pesquisem os preços em
companhias aéreas para as passagens de viagens corporativas,
por exemplo.
Os planos de economizar, no
entanto, não incluem cortes de
gastos com publicidade. Dona
de marcas como Pampers, Wella e Pantene, a empresa vai aumentar ainda mais os investimentos em marketing para
tentar ganhar "market share".
"Em épocas de crise, o consumidor quer um produto de confiança. Vamos investir em comunicação para que ele associe
nossos produtos como marcas
de qualidade", afirma Farahat.
Para ele, o fortalecimento da
marca é importante em momentos de crise para evitar que
o consumidor compre o produto mais barato da prateleira.
"Se o consumidor sabe que a pilha que está comprando dura
oito horas a mais que a do concorrente, ele gasta mais."
Diferente de outros setores
da economia, Farahat afirma
que não sentiu queda nas vendas dos produtos da P&G, focados no uso diário. "Ninguém vai
deixar de escovar os dentes ou
de tomar banho por causa da
crise", diz Farahat, que considera o brasileiro o "consumidor
ideal". Ele se baseia em pesquisas que mostram que o consumo de produtos de higiene pessoal é maior no país. "A média
de tempo que o brasileiro gasta
para escovar os dentes é de 2,5
minutos, quase o dobro da média mundial."
Apesar da manutenção do
consumo, o executivo percebeu
que as vendas em algumas categorias de produtos, como fraldas e detergentes, estão crescendo menos. Mesmo assim, a
P&G mantém sua projeção de
investimentos para 2009 e os
planos de abrir duas fábricas no
país -investimento de cerca de
R$ 50 milhões em cada uma.
"Não precisamos de crédito.
Temos dinheiro em caixa", diz.
Economistas da Ásia divergem sobre crescimento chinês em 2009
A China é uma incógnita. Em
viagem ao Japão, Octavio de
Barros, diretor do Bradesco,
constatou que há várias previsões diferentes para o crescimento chinês em 2009. "O foco
da preocupação dos japoneses
agora é com a China", disse.
Entre os que esperam um cenário mais pessimista está o
economista Nobuyuki Saji, do
Mitsubishi UFJ Securities. Ele
afirma que a China não crescerá mais do que 5% em 2009,
porque atravessa uma crise de
super capacidade. Ele também
prevê um período de deflação
puxado pela economia chinesa.
Já o economista Kazuto
Uchida, do mesmo banco, projeta um crescimento de 8,5%
para a China em 2009. Para ele,
o pacote chinês surtirá efeitos
concretos na economia, informa Octavio de Barros.
Em relação à percepção dos
economistas japoneses sobre o
Brasil, Octavio de Barros afirma que ambos esperam que o
país sofra menos os reflexos da
crise que outros emergentes.
Octavio de Barros foi ao Japão para dar uma palestra no
Brazil Day, conferência sobre a
economia brasileira para investidores institucionais do Japão.
BOLÃO
O nome de Timothy
Geithner, atual presidente
do Fed de Nova York, está
cada vez mais em alta na bolsa de apostas sobre quem será o futuro secretário de Tesouro dos EUA, segundo a
Reuters. Uma pesquisa do
"Wall Street Journal" nesta
semana em evento com presidentes de empresas em
Washington mostrou que
37% apontam para Geithner
como provável substituto de
Henry Paulson. Em seguida
estava Lawrence Summers,
ex-secretário de Tesouro de
Bill Clinton, com só 18%.
FROTA
VENDA DE CARRO "FLEX" DEVE ALCANÇAR MARCA DE 2,3 MILHÕES
As vendas de veículos "flex fuel", neste ano, devem marcar
mais de 2,3 milhões de automóveis, segundo projeções de
analistas. Em 2015, o sistema responderá por 65% da frota
nacional. O cenário será apresentado por Sérgio Bueno, diretor da Agrícola Rio-Galhão, no Congresso de Agribusiness da
Sociedade Nacional de Agricultura, nos dias 25 e 26, no Rio.
Segundo Bueno, "haverá um consumo potencial de 5,2 bilhões de litros de álcool hidratado em 2015 nas regiões Norte e Nordeste, alta de 4,37 bilhões de litros ante 2007."
FOCO NOS EMERGENTES
A Lotto, marca italiana de artigos esportivos, vai anunciar
medidas anticrise para acirrar
sua disputa contra a Nike e a
Adidas. Depois de completar
um ano no Brasil, ela chega à
Malásia, China e Hong Kong,
reforçando sua atuação em países emergentes. No Brasil, a
meta é crescer 25% neste ano.
CURRÍCULO
O Shopping D firmou uma
parceria com o Centro de Apoio
ao Trabalhador da prefeitura
paulista para preencher as vagas abertas pelas 230 lojas. A
primeira demanda é de trabalhadores temporários para o
fim de ano.
PRATA DA CASA
A Dalkia Brasil, divisão da
francesa Veolia Environnement, vai investir em um programa de trainee para, no prazo
de cinco anos, poder suprir
com recém-formados toda a
demanda interna por gerentes.
NA MACA
O faturamento estimado
dos 37 integrantes da Anahp
(associação de hospitais privados) alcançou R$ 6,3 bilhões em 2007. Juntos, os
hospitais empregam mais de
45 mil pessoas. As horas de
treinamento cresceram 7,2%,
de 26 horas por funcionário
em 2006 para 28 horas de
treinamento por pessoa em
2007. Os números serão divulgados dia 1º de dezembro,
na posse do presidente eleito
do conselho deliberativo da
Anahp, Henrique Salvador, do
Hospital Mater Dei, de MG.
NA ESCOLA
A Secretaria de Estado da
Educação de SP fechou parceria com a Fundação Telefônica, que doará notebooks a escolas estaduais. A previsão é
atingir neste ano 5.500 estudantes, de 11 escolas. A primeira escola a receber a parceria é de Diadema (Simon
Bolívar), com 45 computadores portáteis.
NA ESCOLA
A Secretaria de Estado da Educação fechou parceria com a Fundação Telefônica, que doará notebooks a escolas estaduais. A previsão é atingir ainda neste ano 5.500 estudantes, de 11 escolas. A primeira escola a receber a parceria é de Diadema (Simon Bolívar).
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