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Canal Mercosul pode solucionar polêmica
DENISE CHRISPIM MARIN
da Sucursal de Brasília
Negociadores do Brasil, da Argentina e do Uruguai chegaram a
um acordo para a criação do "canal
Mercosul". Esse mecanismo vai
permitir que os produtos importados desses países estejam isentos
dos controles prévios dos órgãos
oficiais das áreas de saúde e de
agropecuária.
Na prática, o acordo soluciona a
polêmica gerada pelas queixas do
governo argentino contra a decisão dos ministérios brasileiros da
Agricultura e da Saúde de impor, a
partir de outubro, controles prévios sobre a importação de produtos alimentícios e químicos.
Resolução sobre o assunto deverá ser ratificada entre 6 e 8 de dezembro durante a próxima reunião do GMC (Grupo Mercado Comum), o mais alto conselho de negociadores do bloco. Depende
apenas da aprovação do Paraguai,
que ainda não se manifestou.
O embaixador da Argentina no
Brasil, Jorge Hugo Herrera Vega,
informou à Folha que a resolução
do GMC prevê que os três países
poderão começar imediatamente a
negociar a facilitação do comércio
de produtos sujeitos a controles.
Conforme explicou, os países do
bloco deverão firmar acordos de
equivalência de suas regras de controle sanitário e fitossanitário.
Com isso, seus produtos contarão
com certificados que deverão liberá-los das barreiras comerciais que
valerão para o resto do mundo.
Uma vez que os acordos de equivalência cubram toda a pauta de
exportação dos sócios do Mercosul
destinada ao Brasil, os controles
dos dois ministérios deixarão de
ter valor sobre os produtos provenientes dos países do bloco.
Entretanto, a Argentina decidiu
manter sua queixa ao mecanismo
de soluções de controvérsias do
Mercosul contra a criação do controle prévio de importação pelo
governo brasileiro. Essa decisão
atende às expectativas do empresariado argentino.
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