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MERCADO FINANCEIRO
Expectativa de corte da Selic faz governo pagar menos para rolar dívida; juros futuros recuam
Mercado cobra juros menores do Tesouro
DA REPORTAGEM LOCAL
O Tesouro Nacional pagou taxas menores para rolar sua dívida
no leilão realizado ontem. O mercado aceitou taxas de 17,11% ao
ano pelos títulos prefixados
(LTNs) de prazo mais longo, com
vencimento em janeiro de 2002.
Na semana passada, para vender papéis com características semelhantes, o governo teve de pagar taxa de 17,57% ao ano. A possibilidade de o Copom (Comitê
de Política Monetária) reduzir a
Selic (taxa básica da economia)
hoje foi o principal ponto que influenciou o recuou das taxas. O
lote vendido foi de R$ 1 bilhão.
"O resultado nada mais refletiu
que a expectativa do mercado de
um corte na taxa básica amanhã
(hoje)", afirma Marcelo Saddi,
da BNP Asset Management.
Segundo operadores, as taxas
de papéis semelhantes no mercado secundário ficaram próximas
às pagas no leilão. Analistas afirmam que se não houver um corte
na Selic hoje, as taxas desses títulos devem subir.
O Tesouro também vendeu
LTNs (Letras do Tesouro Nacional) de prazo mais curto, com
vencimento em julho do próximo ano. A taxa máxima desses
papéis ficou em 16,69%, contra
16,99% no leilão anterior. Além
dos títulos prefixados, o governo
levou ao mercado R$ 1 bilhão de
pós-fixados (Letras Financeiras
do Tesouro).
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), os contratos futuros de DI (Depósitos Interfinanceiros), que representam as
projeções dos juros, também recuaram ontem, refletindo a expectativa de queda da Selic.
O contrato mais negociado,
com vencimento em julho do
próximo ano, terminou o dia
com taxa de 16,52%, contra
16,58% do fechamento anterior.
No contrato de prazo mais curto
(janeiro de 2001), a taxa recuou
de 16,11% para 16,03%.
A Bolsa de Valores de São Paulo
operou em alta durante todo o
dia e fechou com valorização de
1,67%. A queda das Bolsas norte-americanas no final da tarde não
afetou a Bovespa. As ações preferenciais da Telemar, as mais negociadas do pregão, fecharam
com alta de 1,30%.
No mercado de câmbio, o dólar
comercial terminou os negócios
em queda de 0,25%. A moeda dos
EUA foi comercializada a R$
1,952 (venda).
(FABRICIO VIEIRA)
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