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Bolsa de SP registra baixa de 0,61% na semana
Petrobras em queda segura
a Bolsa; dólar vai a R$ 2,36
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Com poucos pregões ainda
para ocorrer em 2008, a Bovespa registra até o momento alta
mensal, de 6,93%. Desde maio,
a Bolsa paulista não encerra um
mês em alta. No morno pregão
de ontem, o resultado foi de
baixa de 1,02%.
O esperado socorro às montadoras de automóveis nos
EUA, anunciado ontem, não
animou os investidores. Em
Wall Street, o índice de ações
Dow Jones caiu 0,30%.
Os papéis das maiores companhias da Bolsa de Valores de
São Paulo voltaram a recuar,
prejudicados pelo enfraquecimento das commodities.
Para as ações da Petrobras, o
último pregão da semana foi
marcado por quedas, de 0,63%
(preferenciais) e 0,74% (ordinárias). O barril de petróleo encerrou as negociações em Nova
York cotado a US$ 33,87, com
recuo de 6,5%.
A segunda ação de maior peso na composição do índice
Ibovespa, a preferencial "A" da
Vale, terminou ontem com depreciação de 0,43%.
O setor bancário teve um dia
ainda mais fraco: as ações PN
do Bradesco caíram 4,47%; Itaú
PN perdeu 3,67%; BB ON recuou 0,97%.
"A decisão sobre as montadoras ficou no radar dos investidores na semana. A tão esperada ajuda aconteceu, e a máxima
de que a Bolsa sobe no boato e
desce no fato se fez presente
novamente. O mercado pareceu já contar com a ajuda do governo americano", afirma Rossano Oltramari, sócio-diretor
da XP Investimentos.
A Bovespa encerrou a semana com desvalorização de
0,61%, a 39.131 pontos. Das 66
ações que formam o Ibovespa,
33 terminaram a semana em alta, 32 em baixa e uma estável.
A ação PNB da Aracruz ficou
no topo das valorizações, com
ganho de 14,13%. E a PN da
TIM Participações foi a que
mais caiu (-23,55%).
Ontem o setor de telecomunicações esteve nos destaques
de alta, após a aprovação da
Anatel para a compra da Brasil
Telecom pela Oi (antiga Telemar). A ação Telemar ON teve
apreciação de 4,5%. O papel ON
da Brasil Telecom Participações ganhou 3,94%.
O dólar, após abrir o pregão
em disparada, acalmou-se e
terminou o pregão praticamente estável, cotado a R$ 2,36 (alta
de 0,04% em relação ao dia anterior). O pico de R$ 2,471 registrado nas primeiras operações não se sustentou por muito tempo. O fluxo positivo de
recursos diminuiu a pressão
sobre o câmbio. As intervenções do BC, que vendeu ontem
dólares e contratos de "swap
cambial", colaborou para
abrandar as cotações. No mês, a
moeda tem alta de 1,94%.
Lento retorno
Este mês de alta para a Bovespa tem sido acompanhado
pelo começo da recuperação
dos investimentos estrangeiros
feitos no pregão local. No dia
16, o saldo mensal das operações com capital externo estava
positivo em R$ 208 milhões. Na
primeira semana do mês, esse
balanço estava negativo em
mais de R$ 2 bilhões.
Os estrangeiros têm um elevado peso nos rumos da Bolsa
paulista, respondendo por
aproximadamente 34% do total movimentado em pregão.
Desde junho, a categoria mais
tem vendido que comprado
ações. No ano, o balanço está
negativo em R$ 23,9 bilhões.
Analistas têm afirmado que,
enquanto o capital externo não
retornar com força para o mercado doméstico, vai ser difícil
de a Bovespa retomar seus melhores momentos. Em maio, a
Bolsa bateu em seu pico, de
73.516 pontos. No mês de abril,
a entrada líquida de capital externo no pregão foi recorde, alcançando os R$ 6 bilhões.
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