São Paulo, domingo, 20 de dezembro de 2009

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Bolsas falsas de grife são feitas agora no Brasil

DA REDAÇÃO

Nos camelôs e nos shoppings populares da região, há etiquetas que afirmam: "Made in Italy" e "Made in China". Existem os falsificados que nem informam -ou escondem- a procedência. E, se quiserem, os vendedores poderão mencionar: "Made in Brazil".
É que cresce a variedade de produtos de fabricação brasileira que imitam grifes de luxo. Segundo a Receita Federal, os fiscais têm apreendido no porto de Santos rolos de tecido timbrado com marcas como Louis Vuitton e Gucci.
A Receita acaba de identificar uma fábrica mineira ilegal. A Secretaria da Fazenda de São Paulo tem indícios de que a irregularidade ocorra no Estado.
"Intensificamos a fiscalização sobre as matérias-primas", afirma José Guilherme Antunes de Vasconcelos, superintendente da Receita em São Paulo.
Mas o aumento da fiscalização não é capaz de coibir a venda. Com estoques pequenos e pulverizados, a capacidade de regeneração dos boxes que oferecem pirataria é imensa.
Mesmo em dia de fiscalização, é difícil atingir a todos. Quando percebem os fiscais, em um minuto todos os lojistas ilegais fecham as portas. Isso atrapalha a ação quando não há mandado de busca e apreensão e não é possível arrombar as portas.
Fazenda paulista e Receita têm preferido pequenas operações continuadas, em vez de megaoperações, focando em produtos com alto valor agregado.
Os fiscos também priorizam a repressão de todo o esquema de evasão, pois dizem que o varejo "é só a ponta do iceberg".
O superintendente regional da Receita diz que "tem de tudo" na região da 25: varejistas tradicionais e shoppings com lojas que vendem produtos legais e itens ilegais misturados.
Segundo Vasconcelos, é comum encontrar vendedores que dispõem de itens com nota para dar uma aparência de legalidade ao negócio. Sobre as grandes empresas da região, diz que a tendência é que "andem na linha". (VF)


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