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MÍDIA
Ação é movida por credor nos EUA
Globopar apresenta defesa em processo
DA SUCURSAL DO RIO
Com o objetivo de evitar uma
renegociação judicial de suas dívidas, a Globopar (Globo Comunicações e Participações), controladora da TV Globo, ingressou anteontem com sua defesa no processo movido contra ela pelo fundo de investimento norte-americano Huff. O fundo, credor da
companhia, levou o caso à Justiça
dos EUA.
O Huff entrou na Corte de Falências do Distrito Sul de Nova
York em dezembro de 2003 solicitando a renegociação judicial de
uma dívida vencida da Globopar
no valor de US$ 94,3 milhões.
Segundo o diretor de Planejamento das Organizações Globo,
Jorge Nóbrega, a linha de defesa
da Globopar no processo foi alegar que o fórum para discussão
do caso não são os EUA, mas sim
o Brasil. Isso porque a companhia
não tem ativos nos EUA e, portanto, não gera receita no país.
Por isso, o caso deve ser tratado
no Brasil, onde estão as empresas
controladas pela Globopar.
A Globopar deu entrada em sua
defesa no último dia dado pela
Justiça, informou o executivo. A
ação é baseada no capítulo 11 do
Código de Falências dos EUA,
que trata também da reestruturação de empresas endividadas que
não estejam pagando aos credores. É um instrumento que não
existe na Justiça brasileira.
Nóbrega afirmou que a Globopar tem uma dívida vencida de
US$ 1,9 bilhão desde 2002, quando deixou de pagar parcialmente
os débitos. Com o atraso nos pagamentos, todas as dívidas ficaram sujeitas ao resgate imediato.
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