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MERCADO ABERTO
Conselho da Bombril destitui presidente
A disputa pelo comando da
Bombril ganhou um novo
capítulo na quinta. Depois
de três meses de confronto
com a diretoria executiva, o conselho de administração da Bombril S.A. destituiu, em reunião ordinária, José Bacellar da presidência da empresa. A decisão
ainda vai ser publicada em ata.
Bacellar irá entrar na Justiça
com um pedido de liminar para
tentar reverter a decisão. Vai alegar que ela contraria recomendação do administrador judicial da
companhia, José Paulo de Sousa,
que, por meio de carta, manifestou sua "interferência para que
não se altere a diretoria como
atualmente é composta" até a
próxima assembléia geral ordinária, que deve ser marcada até
abril. O conselho já se prepara
para recorrer na Justiça, caso Bacellar consiga a liminar.
O conselho de administração
da Bombril S.A. alega que tomou
a decisão de destituir Bacellar pelo fato de ele resistir à idéia de
deixar suas funções como conselheiro e passar a se dedicar apenas à direção executiva.
Já Bacellar tem outra versão.
Ele diz, por meio de sua assessoria, que a destituição se deve à faxina que vem realizando há mais
de um ano na empresa, tentando
até demitir pessoas contratadas
por membros do conselho.
Ele argumenta também que
sua saída está relacionada à defesa que tem feito para que seja
concedido direito de voto ao
BNDES e à Previ, acionistas da
Bombril. Bacellar argumenta
que, caso renunciasse à sua posição como conselheiro, ficaria enfraquecido para prosseguir com
a reestruturação da empresa.
Mesmo que deixe o comando, ele
pretende permanecer no conselho. Seu objetivo é o de preparar
o terreno para que a administração judicial conceda direito a voto à Previ e ao BNDES.
O executivo escolhido para
substituir Bacellar é o atual superintendente, Cláudio Del Valle.
Ontem, na convenção de vendas
da Bombril, no Rio, Bacellar
anunciou que a companhia tinha, afinal, saído do vermelho.
Segundo ele, o balanço fechará
com R$ 120 milhões de lucro.
SOB ENCOMENDA
Uma das principais empresas de call center do país, a TMS encerrou 2005 com crescimento de mais de 50% no faturamento e de 33% no quadro de funcionários, impulsionada pela aposta no desenvolvimento de novas formas de prestação de serviços para atender a nichos de mercado ou de acordo com a área de atuação da empresa que a contrata. Entre os produtos criados, por exemplo, há uma espécie de auditoria para monitorar a qualidade do atendimento aos clientes de seus clientes, afirma Diogo Morales, diretor da TMS. Para 2006, além da manutenção do crescimento em dois dígitos -a expectativa é a de uma expansão de cerca de 25%-, a companhia planeja ampliar sua unidade em Alphaville, na Grande São Paulo, e a implantação de uma terceira em local que tem sido estudado, no segundo semestre.
PRIMEIRO CONTRATO
A Caixa Econômica Federal
começará a atuar no financiamento às exportações de empresas brasileiras. A instituição irá
assinar na próxima terça-feira o
primeiro contrato de crédito para exportação, no valor de US$
70 mil. Dados da Caixa Econômica apontam que, das cerca de
18.600 empresas exportadoras
no Brasil, 3.187 são clientes do
banco. Atualmente a carteira de
pessoas jurídicas do banco é superior a 600 mil clientes.
ENCONTRO
A Pró Genéricos (Associação
Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos) tem encontro marcado com o governador Geraldo Alckmin na próxima terça-feira, dia 24. Na pauta, a
agenda de investimentos para
este ano e também propostas para o desenvolvimento do setor,
que concentra cerca de 85% de
sua produção no Estado. Será o
primeiro encontro dos empresários do setor de genéricos com o
governo de São Paulo.
COMBATE À PIRATARIA
Começa hoje em Cannes a 40ª edição do maior congresso mundial
da indústria fonográfica, o Midem, em meio a resultados positivos
sobre a pirataria musical no Brasil e na América Latina. Estimativas
do escritório Veirano, que participa do evento, apontam queda de
60% no mercado de produtos piratas na fronteira com o Paraguai em
2005. Só as apreensões de CDs e DVDs na região subiram 55%.
DESENVOLVIMENTO SETORIAL
A Abimo (associação da indústria de artigos e equipamentos médicos, odontológicos e de laboratórios) assinou um acordo com a
Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial para a criação de
um plano de desenvolvimento aplicado ao setor. Ligada ao Ministério da Ciência e Tecnologia, a agência objetiva promover o desenvolvimento industrial por meio de maior competitividade e inovação.
Fraude na "net" preocupa bancos
Em um momento de avanço das perdas causadas por fraudes em transações pela internet, o Bladex (espécie de banco
latino-americano de fomento
às exportações) elegeu como
uma de suas bandeiras em
2006 a implementação de um
sistema de certificação digital,
a fim de evitar, por exemplo, o
roubo de identidade e promover o comércio na internet.
Ele negociará nos próximos
meses com os bancos da região
a distribuição -que será cobrada- de um sistema criado
pelas maiores instituições financeiras do mundo. O plano
prevê ainda a integração de dados por meio de um sistema
global de identificação única,
diz Catherine McGrail, diretora
do Bladex que cuida da área.
"É um problema que temos
que combater agora, diante das
perdas crescentes na região",
diz McGrail, em referência a
dados que apontam, por exemplo, o Brasil como terceiro país
no mundo com maior incidência de crimes eletrônicos.
A preocupação tem aumentado também entre os bancos
brasileiros. Em evento realizado pela Febraban na terça passada, eles defenderam a criação
de uma lei específica para coibir as fraudes na internet.
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