|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PECUÁRIA
Segunda maior empresa do ramo anuncia em janeiro o encerramento das atividades de 7 de suas 17 unidades
Aftosa fecha mais um frigorífico em MS
ANA RAQUEL COPETTI
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CAMPO GRANDE
O grupo Margen, segunda
maior empresa frigorífica do Brasil, vai fechar mais uma de suas
unidades no país. A filial de Três
Lagoas (MS) é a sétima a encerrar
as atividades neste ano. Na próxima segunda, 430 funcionários recebem o aviso prévio.
Na primeira semana de janeiro,
a empresa anunciou o fechamento de seis unidades em Goiás, Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.
Com o fechamento em Três Lagoas, sobe de 1.810 para 2.240 o
número de funcionários que perderão o emprego.
Das 17 unidades que a empresa
tinha no início do ano, apenas dez
continuarão abertas. A empresa
vai reduzir o número de abates de
6.000 para 3.000 por mês.
O fechamento, segundo o gerente administrativo da Margen,
Adalberto José da Silva, é conseqüência da crise na pecuária provocada pela descoberta dos focos
de aftosa em Mato Grosso do Sul,
em outubro, e da desvalorização
do rebanho com a política econômica do governo federal.
As sete unidades a serem fechadas, de acordo com o gerente, não
têm rendimento suficiente para
justificar o funcionamento. "A
empresa analisou cada filial e optou por encerrar as atividades onde já não havia lucro para evitar
prejuízos altos", afirma Silva.
Na semana passada, dirigentes
da Margen reuniram-se com representantes do Ministério do
Trabalho e solicitaram cartas de
crédito do BNDES (Banco Nacional do Desenvolvimento) para
ajudar a escoar a carne, que está
impedida de ser exportada para
vários países por conta da aftosa.
Segundo Adalberto José da Silva, o governo disse que há a possibilidade de repasse de R$ 4 milhões à Margen, mas o valor não
estaria disponível ainda.
Texto Anterior: Mercado financeiro: Petróleo e balanços ruins afetam Bolsa de NY Próximo Texto: Japão suspende compra de carne bovina dos EUA Índice
|