São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2004

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VÔO DA ÁGUIA

Setor sobe 4,7% e leva inflação a 0,5% em janeiro, a maior em 11 meses

Energia empurra preços nos EUA

DA REDAÇÃO

A alta dos preços da gasolina e de outros produtos do setor energético foram responsáveis pelo aumento da inflação nos Estados Unidos em janeiro, que atingiu a maior taxa em 11 meses.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,5% no mês passado, uma alta de 0,3 ponto percentual em relação ao registrado em dezembro, divulgou ontem o Departamento de Trabalho.
Mas o núcleo do índice, que costuma receber maior atenção do Federal Reserve (o banco central norte-americano), porque baliza as decisões de seu comitê de política monetária, foi de 0,2%, ante 0,1% em dezembro. O núcleo não considera as voláteis categorias de alimentos e energia.
Os preços da gasolina tiveram alta de 8,1%, e os do gás natural, de 3,8%. No geral, influenciado pelo inverno rigoroso e pela forte demanda mundial, o setor de energia registrou uma variação de 4,7%, a maior desde março de 2003. Em dezembro, o aumento havia sido de apenas 0,3%.
Os preços dos alimentos ficaram estáveis no mês passado.
A divulgação da inflação, entretanto, derrubou os mercados ao redor do mundo. O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, operou em baixa durante o dia e fechou em queda de 0,43%, aos 10.619,03 pontos. O Nasdaq, que reúne as ações das empresas de alta tecnologia, teve perda de 0,39%, aos 2.037,93 pontos.
Influenciadas pela noção de que a maior inflação poderá levar a um aumento da taxa de juros dos EUA, hoje em 1% ao ano, antes do esperado, as Bolsas européias também fecharam em baixa, em Paris (-0,69%), Milão (-0,79%), Frankfurt (-1,65%), Madri (-1,23%) e Londres (-0,01%).
Os analistas, no entanto, que esperavam uma alta de 0,3%, afirmaram que a pequena variação no núcleo do índice não deve alterar as expectativas do Fed.
Até mesmo um dos mais influentes diretores do Fed, Ben Bernanke, contemporizou: "Os preços de energia são muito voláteis e tendem a sofrer inversão depois de um certo tempo".


Com agências internacionais

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