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Economia da AL está em declínio, aponta sondagem
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Apesar da crise nos Estados
Unidos, a economia da América
Latina vive um momento de
"declínio", mas não ainda de recessão, aponta Sondagem Econômica do IFO (Instituto para
Pesquisa Econômica da Universidade de Munique, na sigla
em inglês), divulgado ontem,
no Rio de Janeiro, pela FGV
(Fundação Getulio Vargas).
Segundo a pesquisa, o índice
de clima econômico da região
cedeu de 5,6 pontos em outubro de 2007 para 5,2 pontos em
janeiro deste ano. Está, porém,
acima de 5, o que representa
ainda um quadro positivo.
A piora se deveu às expectativas futuras, cujo índice recuou
de 4,7 para 4,1 pontos -neste
caso, os especialistas já esperam uma recessão nos próximos meses por conta da crise
norte-americana, diz a FGV.
Já a avaliação sobre a situação atual se manteve praticamente estável: saiu de 6,4 pontos em outubro para 6,3 em janeiro passado.
A sondagem ouviu 124 especialistas da AL, mensurando a
opinião por meio de pontos: 1
para respostas que indicam
piora, 5 para as que apontam situação similar e 9 para as que
sinalizam melhora. É feita uma
média das respostas.
Segundo Lia Vals, economista da FGV, a região está agora
mais "blindada" contra crises,
com mais reservas e indicadores econômicos melhores.
Entre os países da região, o
Brasil vive uma situação confortável, com níveis recordes de
reservas e menor dependência
do setor externo para crescer,
diz a FGV. Talvez por isso o país
seja um dos mais bem avaliados
da região: o índice de clima econômico (6,4) é o quarto mais alto, ao lado do do Paraguai.
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