São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

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Economia da AL está em declínio, aponta sondagem

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

Apesar da crise nos Estados Unidos, a economia da América Latina vive um momento de "declínio", mas não ainda de recessão, aponta Sondagem Econômica do IFO (Instituto para Pesquisa Econômica da Universidade de Munique, na sigla em inglês), divulgado ontem, no Rio de Janeiro, pela FGV (Fundação Getulio Vargas).
Segundo a pesquisa, o índice de clima econômico da região cedeu de 5,6 pontos em outubro de 2007 para 5,2 pontos em janeiro deste ano. Está, porém, acima de 5, o que representa ainda um quadro positivo.
A piora se deveu às expectativas futuras, cujo índice recuou de 4,7 para 4,1 pontos -neste caso, os especialistas já esperam uma recessão nos próximos meses por conta da crise norte-americana, diz a FGV.
Já a avaliação sobre a situação atual se manteve praticamente estável: saiu de 6,4 pontos em outubro para 6,3 em janeiro passado.
A sondagem ouviu 124 especialistas da AL, mensurando a opinião por meio de pontos: 1 para respostas que indicam piora, 5 para as que apontam situação similar e 9 para as que sinalizam melhora. É feita uma média das respostas.
Segundo Lia Vals, economista da FGV, a região está agora mais "blindada" contra crises, com mais reservas e indicadores econômicos melhores.
Entre os países da região, o Brasil vive uma situação confortável, com níveis recordes de reservas e menor dependência do setor externo para crescer, diz a FGV. Talvez por isso o país seja um dos mais bem avaliados da região: o índice de clima econômico (6,4) é o quarto mais alto, ao lado do do Paraguai.


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