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Fed traça cenário mais pessimista para os EUA
DA REDAÇÃO
O Fed (Federal Reserve, o
banco central dos Estados Unidos) disse que persistem os riscos de desaceleração da economia do país, apesar dos últimos
cortes nos juros, e reduziu a sua
previsão de crescimento do
PIB (Produto Interno Bruto).
"Sem sinais de estabilização
do setor imobiliário e com as
condições financeiras ainda
não estabilizadas, o [Fomc, comitê do BC americano que define os juros] concordou que os
riscos negativos para o crescimento continuam inalterados
depois dessa ação", afirma a ata
da reunião do Fed nos dias 29 e
30 de janeiro. Nessa ocasião, o
banco central dos EUA cortou
os juros em 0,50 ponto percentual, para 3%. Uma semana antes, o órgão havia reduzido a taxa em 0,75 ponto percentual
em encontro extraordinário
-o primeiro desde 2001.
O banco central dos Estados
Unidos estima agora que a economia do país crescerá entre
1,3% e 2% neste ano -em outubro do ano passado, previa uma
expansão de 1,8% a 2,5%. No
momento do encontro, o pacote de estímulo à economia americana já havia sido aprovado
pela Câmara dos Representantes, mas precisava ainda ser votado pelos senadores.
Economistas do banco UBS
disseram que os EUA já estão
em recessão, puxada pelo menor gasto dos consumidores, e
que ela é moderada.
O Fed também alterou as
suas previsões para a taxa de
desemprego e para a inflação.
Naquele caso, a estimativa agora é de um índice de 5,2% a
5,3% -em outubro, a previsão
era de 4,8% a 4,9%. A taxa de
desemprego dos EUA ficou em
4,9% no mês passado. Já o PCE
(gastos do consumidor norte-americano) deve alcançar até
2,4%, 0,3 ponto percentual a
mais do que se previa.
O documento do BC americano animou as Bolsas, com os
investidores satisfeitos com as
perspectivas de os EUA evitarem a recessão e apostando em
um novo corte na taxa de juros
básica, para impedir uma desaceleração maior da economia.
A próxima reunião do Fed está
marcada para 18 de março.
Inflação
Ontem também foram divulgados os dados da inflação ao
consumidor (CPI), que apontaram alta de 0,4% no mês passado. Nos 12 meses encerrados
em janeiro, o índice subiu 4,3%
-muito acima da meta do Fed,
que é de inflação de até 2%.
Mesmo o núcleo da inflação,
que exclui os preços de alimentos e energia (mais voláteis),
avançou 0,3%, a maior alta em
mais de um ano. No período de
12 meses, ele subiu 2,5%.
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