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Arrombamento foi no porto do Rio, diz polícia
DO ENVIADO ESPECIAL A MACAÉ
O arrombamento do contêiner onde estariam equipamentos de informática da Petrobras
aconteceu no porto do Rio de
Janeiro, segundo informou à
Polícia Civil a empresa Halliburton, responsável pelo transporte do material entre a sonda
petrolífera de perfuração S-21,
na bacia de Santos, e o porto de
Macaé (a 188 km do Rio).
A S-21 foi a sonda responsável pela recente descoberta do
campo de Júpiter, reserva gigante de gás na costa brasileira.
O rebocador que trouxe o contêiner até o porto carioca partiu
da sonda no dia 18, atracando
no Rio uma semana depois.
Em nota anteontem, a Transmagno divulgou que, ao receber o contêiner no porto do Rio,
não havia problema no lacre, o
que indicaria que o arrombamento ocorrera no pátio da empresa Halliburton em Macaé.
Em depoimento, o motorista
da Transmagno diz que a inspeção do lacre foi visual. Logo, pode ter sido violado antes e depois ter sido ajeitado para que
não se percebesse a violação.
No dia 1º, a Halliburton enviou à 123ª DP (Delegacia de
Polícia), em Macaé, o técnico
de manutenção Guilherme da
Silva Vieira, que listou as peças
que teriam sido retiradas do
contêiner. O caso foi tratado
como furto comum. Não houve
aviso sobre as supostas informações secretas que estariam
inseridas nos equipamentos.
O registro da delegacia informa que Vieira, 30, em breve comunicado, relata que o furto foi
praticado no terminal de contêineres da Poliportos, que
opera na zona portuária do Rio.
O autor do crime tem a identidade ignorada, disse o funcionário da Halliburton, que também não mencionou uma data.
Vieira diz no boletim de
ocorrência que ao conferir a
carga do contêiner (número
SU96071), recém-chegado do
Rio, no dia 31 de janeiro, notou
que "o lacre estava violado, e o
cadeado, trocado". Quando
abriu o contêiner, deu pela falta
de peças de informática.
O registro traz contradições
entre as datas. No dia 30 -portanto, um antes da abertura oficial do contêiner- teria sido
constatado o furto de quatro
laptops e uma impressora. Um
dia depois, ainda conforme o
boletim, teria sido descoberta a
ausência de um computador
clone, dois discos rígidos de
320 gigabites, dois pentes de
memória e gravador de DVD.
Responsável pelo inquérito,
o delegado Daniel Gomes disse
não ter reparado na divergência de informações. Falou que
agora convocará Vieira para depor no inquérito, cujo trâmite é
lento, e que esperava a conclusão do inquérito da PF para ter
uma noção de quais pistas seguir.
(ST)
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