São Paulo, quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

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Advogado diz que trabalho já fora vendido

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado criminalista Arnaldo Malheiros Filho, que defende Edemar Cid Ferreira, diz que as obras apreendidas nos EUA e na Inglaterra haviam sido vendidas pelo banqueiro antes da intervenção do Banco Central e do seqüestro determinado pela Justiça.
"Tenho a impressão de que o Basquiat foi vendido antes da intervenção", contou Malheiros Filho. O BC decidiu intervir no Banco Santos no dia 12 de novembro de 2004.
O advogado disse que a Wailea, empresa "offshore" que seria controlada pela mulher de Edemar, Marcia Cid Ferreira, tinha obras num depósito na Suíça, mas o acervo foi vendido.
"Que eu saiba o Edemar não tem mais obras fora do Brasil. A Wailea vendeu os quadros, mas não sei exatamente há quanto tempo".
Em depoimento ao juiz Fausto Martin de Sanctis, em 2005, Edemar disse que não tinha fundamento a informação de que ele tinha retirado obras do país depois da intervenção. Segundo ele, as obras que foram vistas em sua casa, como a escultura de Henry Moore, entraram no Brasil como "importações temporárias".
Ele negou ter usado qualquer "subterfúgio" para retirar os trabalhos do país.
Ontem, a Folha questionou Malheiros Filho sobre a inexistência de registros na Receita Federal de qualquer documento sobre a importação temporária de uma escultura de Henry Moore. O advogado disse que, nesse caso, não tinha certeza de que a obra entrara no país como temporária. (MCC)


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