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Advogado diz que trabalho já fora vendido
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado criminalista
Arnaldo Malheiros Filho,
que defende Edemar Cid
Ferreira, diz que as obras
apreendidas nos EUA e na
Inglaterra haviam sido vendidas pelo banqueiro antes
da intervenção do Banco
Central e do seqüestro determinado pela Justiça.
"Tenho a impressão de que
o Basquiat foi vendido antes
da intervenção", contou Malheiros Filho. O BC decidiu
intervir no Banco Santos no
dia 12 de novembro de 2004.
O advogado disse que a
Wailea, empresa "offshore"
que seria controlada pela
mulher de Edemar, Marcia
Cid Ferreira, tinha obras
num depósito na Suíça, mas
o acervo foi vendido.
"Que eu saiba o Edemar
não tem mais obras fora do
Brasil. A Wailea vendeu os
quadros, mas não sei exatamente há quanto tempo".
Em depoimento ao juiz
Fausto Martin de Sanctis,
em 2005, Edemar disse que
não tinha fundamento a informação de que ele tinha retirado obras do país depois
da intervenção. Segundo ele,
as obras que foram vistas em
sua casa, como a escultura de
Henry Moore, entraram no
Brasil como "importações
temporárias".
Ele negou ter usado qualquer "subterfúgio" para retirar os trabalhos do país.
Ontem, a Folha questionou Malheiros Filho sobre a
inexistência de registros na
Receita Federal de qualquer
documento sobre a importação temporária de uma escultura de Henry Moore. O
advogado disse que, nesse
caso, não tinha certeza de
que a obra entrara no país
como temporária.
(MCC)
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