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São Paulo, sexta-feira, 21 de março de 2003

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Principais Bolsas de Valores dos Estados Unidos e da Europa fecham praticamente inalteradas

Depois da euforia inicial, mercados param

DA REPORTAGEM LOCAL

O mercado acionário viveu um dia de negócios marcados pela cautela, após iniciados os ataques dos Estados Unidos ao Iraque. Nas mesas de operações de corretores e bancos de investimentos, a hipótese de que a guerra pode ser mais longa que o esperado passou a ser levada mais a sério.
Como resultado, as principais Bolsas de Valores fecharam com pequenas oscilações. No final da manhã, um boato de que Saddam Hussein teria sido ferido e capturado chegou a animar os pregões, mas logo foi desmentido.
Em Wall Street, o índice Dow Jones da Bolsa de Nova York fechou em ligeira alta de 0,26%. A Nasdaq -Bolsa eletrônica que reúne as ações das principais empresas de alta tecnologia- subiu apenas 0,41%.
Na Europa, as Bolsas de Valores não tiveram comportamento diferente.
A Bolsa de Londres fechou praticamente estável. Em Paris, a Bolsa local encerrou os negócios com uma desvalorização de 1,51% e volume bastante reduzido de negócios.
"O teste real para o mercado será no período pós-guerra, quando todos nós tentaremos nos voltar para os fundamentos e para o que eles representam para o mercado", disse Nigel Cobby, diretor para Europa do JP Morgan.

Preocupação
O que deixou os investidores mais cautelosos ontem foi o pronunciamento do presidente norte-americano George W. Bush, no qual admitiu que a guerra poderá ser mais longa e difícil que o esperado.
O índice Nikkei, principal do mercado acionário japonês, fechou com valorização de 1,79%.

Euforia
Após as expressivas valorizações de segunda-feira, alguns analistas afirmavam que as Bolsas deveriam iniciar um momento de forte recuperação. Naquele dia, o Dow Jones subiu 3,6% e voltou a ficar acima do patamar de 8.000 pontos. A Nasdaq disparou 3,88%, e a Bolsa de Londres subiu 3,35%, com investidores eufóricos à espera de que a guerra começasse a qualquer momento.

Pessimismo
"O mercado acionário melhorou bastante, mas até o fim do ano não acho que as Bolsas tenham acumulado altas maiores que 5% ou 7%, porque, depois que todas as hostilidades acabarem, ainda haverá a questão da fraca economia norte-americana", afirmou Anthony Chan, do Bank One Investment Advisors.
A expectativa é que de acordo com que os ataques ao Iraque forem sendo intensificados, o mercado acionário global voltará a ter dias de maior euforia. Segundo agências de notícias, a noite de ontem deveria ser marcada por uma ofensiva pesada das tropas americanas e britânicas.


Com agências internacionais


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