DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ainda que os empresários não tenham recebido o incentivo a que têm direito pelo programa, o Ministério do Trabalho contabilizava 490 jovens "colocados" no Primeiro Emprego, de acordo com o balanço fechado na última quinta-feira. O número representa 0,002% da meta divulgada para 2004 pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Remígio Todeschini, secretário de Políticas Públicas de Emprego do Ministério do Trabalho, o balanço deve considerar que o programa só começou a operar, na prática, em 15 de novembro.
Mais importante para avaliar o desempenho do programa, segundo ele, é considerar que o período de novembro a março é tradicionalmente fraco para contratação. "As contratações acontecem mais entre abril e setembro", disse.
O secretário afirma que a avaliação do Primeiro Emprego deve levar em conta também o cenário macroeconômico e o ambiente geral em relação ao emprego no país. "É uma relação umbilical: o problema do emprego está vinculado à política de crescimento, e o programa vai deslanchar com o ritmo mais acelerado da economia."
Além das mudanças em estudo no Planalto para atrair mais empresários a participar do Primeiro Emprego, o secretário confia no resultado da ampliação do programa em 140 cidades do interior a partir deste mês. Por enquanto, o Primeiro Emprego funciona apenas nas capitais e no DF.
"Vamos partir para 140 cidades de 18 Estados diferentes onde há mercado de trabalho. Não dá para pôr o programa em cidades onde não há nem uma pizzaria com trabalhadores registrados. O programa opera onde há emprego formalizado", completou.


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