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OUTRO LADO
Mexicanos dizem não temer reflexo no caso Embratel
ELAINE COTTA
DA FOLHA ONLINE
A América Móvil afirma
que sua dívida com o
BNDES em nada poderá
prejudicar a aquisição da
Embratel pela Telmex. O
motivo é que, apesar de serem do mesmo dono, ambas
são empresas diferentes.
Até 2000, a América Móvil
era uma subsidiária da Telmex, mas foi separada e
agrupada numa nova unidade dentro do conglomerado
do magnata Carlos Slim.
A América Móvil passou a
atuar, exclusivamente, no
segmento de telefonia celular no México e demais países da América Latina.
No Brasil, ela é dona da Telecom Américas, que é a
controladora da Claro, marca criada para unificar as
operações em telefonia celular, até então espalhadas pelo país com os nomes Tess,
BCP, ATL, Telet e Americel.
A Telmex, por sua vez, se
desfez dos negócios com celulares e ficou só com serviços de telefonia local fixa, de
longa distância e de internet.
Ambas as empresas argumentam que, por conta dessa estrutura, o BNDES não
poderá fazer a Telmex assumir uma dívida que é da
América Móvil. "Somos empresas completamente diferentes. A única coisa que nos
aproxima é o fato de termos
o mesmo dono", disse a porta-voz da América Móvil no
México, Patricia Ramírez.
A Telmex afirmou não temer uma contestação da
compra da Embratel na Justiça devido à contenda com
o BNDES. "Qualquer dívida
da América Móvil é responsabilidade dela", disse Concepción Rivera, porta-voz da
Telmex, no México.
Procurado, o presidente
do grupo Claro, Carlos Henrique Moreira, declarou,
por meio de sua assessoria,
que não falará sobre o caso.
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