São Paulo, domingo, 21 de março de 2004

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OUTRO LADO

Mexicanos dizem não temer reflexo no caso Embratel

ELAINE COTTA
DA FOLHA ONLINE

A América Móvil afirma que sua dívida com o BNDES em nada poderá prejudicar a aquisição da Embratel pela Telmex. O motivo é que, apesar de serem do mesmo dono, ambas são empresas diferentes.
Até 2000, a América Móvil era uma subsidiária da Telmex, mas foi separada e agrupada numa nova unidade dentro do conglomerado do magnata Carlos Slim.
A América Móvil passou a atuar, exclusivamente, no segmento de telefonia celular no México e demais países da América Latina.
No Brasil, ela é dona da Telecom Américas, que é a controladora da Claro, marca criada para unificar as operações em telefonia celular, até então espalhadas pelo país com os nomes Tess, BCP, ATL, Telet e Americel.
A Telmex, por sua vez, se desfez dos negócios com celulares e ficou só com serviços de telefonia local fixa, de longa distância e de internet.
Ambas as empresas argumentam que, por conta dessa estrutura, o BNDES não poderá fazer a Telmex assumir uma dívida que é da América Móvil. "Somos empresas completamente diferentes. A única coisa que nos aproxima é o fato de termos o mesmo dono", disse a porta-voz da América Móvil no México, Patricia Ramírez.
A Telmex afirmou não temer uma contestação da compra da Embratel na Justiça devido à contenda com o BNDES. "Qualquer dívida da América Móvil é responsabilidade dela", disse Concepción Rivera, porta-voz da Telmex, no México.
Procurado, o presidente do grupo Claro, Carlos Henrique Moreira, declarou, por meio de sua assessoria, que não falará sobre o caso.


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