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Moradia sairá em 11 meses, diz Dilma
Segundo ministra, tempo de construção de imóveis do pacote habitacional cairá de 36 meses para menos de 1 ano
Dilma apresenta detalhes do plano a sindicalistas, que pedem medidas para evitar aumento do "subemprego" com projetos de casas
Sergio Lima/Folha Imagem
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A ministra Dilma Rousseff, que se reuniu com sindicalistas em Brasília para dar detalhes sobre o pacote habitacional do governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Para garantir o apoio dos sindicalistas, que, na semana que
vem, terão de aprovar uma parte importante do pacote habitacional referente ao uso de recursos do FGTS, os ministros
Dilma Rousseff (Casa Civil),
Márcio Fortes (Cidades) e Luiz
Dulci (Secretaria Geral da Presidência) se reuniram ontem
com representantes de entidades sindicais e apresentaram as
linhas gerais do programa.
Segundo relato dos presentes, a ministra disse que, com o
pacote, o tempo de construção
dos imóveis cairá de 36 para 11
meses, o prazo para trâmites
cartoriais será reduzido pela
metade (60 para 30 dias), assim
como haverá desburocratização nas licenças ambientais.
Canindé Pegado, secretário-geral da UGT (União Geral dos
Trabalhadores), afirmou que a
ministra relatou ainda que haverá redução escalonada dos
custos cartoriais. "Para a faixa
de renda mais baixa, as taxas
serão zeradas. Outras terão
abatimentos de 90%, 80%." Segundo ele, isso incluiria impostos como ITBI, que dependem
de decisão municipal, e não do
governo federal. "Os municípios que aderirem ao programa
terão que resolver essa questão.
É a forma de eles participarem.
Quanto mais subsídios colocarem, mais casas irão construir
no município".
Segundo os sindicalistas, ao
dar exemplos sobre como seria
a cobrança das prestações, a
ministra citou valores de prestação de R$ 50, para faixa de
renda até R$ 1.395 (três salários
mínimos), e outros valores de
R$ 100 e R$ 150, para as demais
faixas, até R$ 4.650 (dez salários mínimos).
"Não há possibilidade de não
ter algum valor de prestação",
disse o presidente da CGTB
(Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Antonio Neto.
Segundo representantes sindicais, Dilma se comprometeu
também a atender reivindicações como adotar medidas que
evitem "subemprego, com a
terceirização de mão-de-obra.
A expectativa é que o pacote gere 700 mil empregos diretos.
"Dinheiro público não pode financiar trabalho degradante",
disse o representante da CUT
Waldemar Pires de Oliveira.
Além disso, eles pediram que
as casas tenham 72 m2 e sejam
construídas para permitir o
uso de energia solar. Seria uma
forma de baratear a conta de
luz. Os sindicalistas ficaram de
encaminhar propostas ao governo até segunda que vem.
Segundo eles, Dilma disse
que o pacote vai ser anunciado
oficialmente até segunda, mas
o presidente Lula afirmou, durante evento em São Paulo, que
o projeto será lançado na próxima quarta-feira, dia 25. "É
um desafio para o setor da
construção civil brasileira, que
passou 50 anos reclamando e
agora vai ter 1 milhão de casas
para construir", destacou Lula.
Essa medida, explicou ele,
faz parte dos esforços para
combater os efeitos da crise.
Segundo Lula, o governo espera uma melhora da economia
do país no segundo trimestre.
Colaborou a Reportagem Local
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