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Mercado Aberto
MARIA CRISTINA FRIAS - cristina.frias@uol.com.br
Economistas veem pressão inflacionária
A alta da inflação, que até
pouco tempo era apontada como um fator sazonal, já começa
a ser vista por economistas como um fenômeno difundido.
"Não está mais restrita a um
pequeno conjunto de itens. A
pressão inflacionária está difundida entre bens e serviços",
afirma Alexandre Schwartsman, economista-chefe do Santander. "A pressão não está
mais limitada à indústria."
Para a economista-chefe do
banco ING, Zeina Latif, o risco
de ter uma pressão inflacionária por demanda já existe. "Ainda que tenha vários fatores
pontuais, como clima e alta de
commodities, o risco é mais de
ter uma pressão de demanda do
que de não ter", diz Latif.
Hoje, a taxa de inflação projetada para o final deste ano já
está acima do centro da meta
estipulada pelo governo. O
mercado estima aumento do
IPCA de 5,03%, de acordo com
o mais recente boletim Focus
do Banco Central, enquanto a
meta é de 4,50% para 2010.
O mesmo ocorre para 2011,
em que a expectativa inflacionária também já está acima do
centro da meta do governo.
Nos últimos 12 meses, até fevereiro, o IPCA já acumula alta
de 4,83%, segundo o IBGE.
O principal motivo apontado
para a escalada dos preços é a
expressiva recuperação da economia brasileira.
O setor de serviços é o que
apresenta a principal pressão,
na opinião de Latif. "Esse segmento não sofreu muito com a
crise e continua aquecido."
Boa parte dos economistas
afirma que o Copom irá elevar a
Selic na próxima reunião, no final de abril, em 0,5 ponto percentual. Para Schwartsman, até
o final do ano, os juros, que estão em 8,75%, devem alcançar o
patamar de 11,75%. Já Latif vê a
taxa em 10,75% em dezembro.
RIO PARA O EXTERIOR
Depois de 10 anos de
atuação, a Rio Bravo Investimentos quer se internacionalizar.
Contratou uma consultoria financeira internacional e, em dois meses, já
terá um primeiro fundo
operando na Europa e nos
Estados Unidos. Será o
"Macro Off-
shore", que vai operar juros, câmbio, Bolsa e volatilidade dos ativos.
Tanto fundos voltados
para investidores institucionais quanto para investidores pessoas físicas
com patrimônio mínimo
de US$ 5 milhões.
Gestora de um patrimônio de R$ 4 bilhões, a Rio
Bravo tem cerca de 85%
de seus clientes no mercado doméstico. Entre três e
cinco anos pretende saber
o que é valuation.
"Temos 50% de estrangeiros e 50% de brasileiros. O foco continuará a
ser em grandes investidores", diz um dos sócios,
Paulo Bilyk.
A Rio Bravo atende a
muitos fundos de pensão,
entre oito e dez instituições, que já viveram o
tempo de apenas investir
em ativos quase sem risco.
Hoje, já entendem que
"a estabilidade veio para
ficar", diz Gustavo Franco, um dos sócios e ex-presidente do Banco Central, e é o estrategista da
RB.
"É preciso entender as
necessidades dos fundos
de pensão, jogar o jogo deles", acrescenta Franco.
MINHA CASA, MEU AÇO
"Vocês não têm casa para o Minha Casa, Minha
Vida?", perguntou o presidente Lula há poucos meses, em reunião com representantes do setor do
aço. A Usiminas assina na próxima terça um contrato em Volta Redonda do que será a primeira
grande atuação da siderurgia nacional no programa. Serão 1.144 apartamentos, já aprovados na prefeitura por meio de licitação. Desses, 96 serão aprovados pela CEF. No Vale do Aço, região onde fica a
usina da Usiminas, em Ipatinga, serão 216 apartamentos. O mercado espera, desde o dia 18, que a
companhia emita fato relevante sobre os volumes
de reservas na área de Serra Azul, em Minas.
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PAULSON E DEUS
Alain Belda, diretor do Warburg Pincus em Nova York e ex-presidente mundial da Alcoa, concluiu a leitura de três obras
GRUPO OLÍMPICO
Na semana que vem, uma
delegação liderada pela ministra para as Olimpíadas de
2012 do governo britânico,
Tessa Jowell, visita as cidades de Rio de Janeiro e São
Paulo. Jowell vem com uma
comitiva de empresários
britânicos envolvidos nos
trabalhos de organização da
olimpíada londrina. Na
quinta, o grupo participa de
seminário na sede do
BNDES, no Rio de Janeiro,
com as presenças do presidente do banco, Luciano
Coutinho, e do ministro dos
Esportes, Orlando Silva.
SUCATA
A indústria brasileira do
cobre registrou prejuízo de
R$ 104 mil por conta do roubo do metal em fevereiro.
Foram desviadas seis toneladas de fios e cabos e duas
ocorrências foram registradas, segundo o Sindicel (da
indústria do setor) e a Associação Brasileira do Cobre.
com JOANA CUNHA e ALESSANDRA KIANEK
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