DA ENVIADA À PLATAFORMA CIDADE DE SÃO VICENTE

A produção de petróleo do pré-sal em Tupi, atualmente de 20 mil barris por dia, deverá quintuplicar até o fim deste ano.
Para isso, em vez do único poço que existe hoje jorrando óleo, haverá mais cinco. Será o início do chamado projeto piloto, previsto para outubro.
Nessa etapa, a segunda do desenvolvimento do pré-sal, é avaliada a produção em volumes maiores. A atual plataforma em operação na região, o navio Cidade de São Vicente, compõe uma fase experimental -denominada TLD (teste de longa duração). Nesse período, a Petrobras quer conhecer, na prática, aspectos da produção do óleo na região ainda pouco conhecida e confirmar as expectativas.
Até 2016, haverá 18 TLDs na bacia de Santos e mais dois pilotos, em Guará e ao norte de Tupi.
A produção atual em Tupi representa 1% da produção de petróleo da Petrobras. Não é possível produzir mais porque há limite ambiental à queima do gás natural que vem associado ao óleo.
Segundo o engenheiro Paulo Buschinelli, gerente do TLD, na próxima etapa, começará a ser construído um gasoduto até a área de Mexilhão. De lá, haverá outro duto que levará o gás até Caraguatatuba, em São Paulo. Enquanto não houver como escoar, o gás natural será reinjetado nos reservatórios por meio dos equipamentos que virão na nova plataforma.
Além de gás natural, a extração de petróleo trará à tona grande quantidade de gás carbônico. Para não despejá-lo no ambiente, a Petrobras vai trazer para a região navios com equipamentos capazes de separar o gás carbônico e reinjetá-lo no reservatório.
A Petrobras estima produzir 219 mil barris por dia no pré-sal em 2013, e 1,8 milhão de barris por dia em 2020. Nesse ponto, a empresa prevê produção total de 3,9 milhões de barris diários no Brasil.
(SL)


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