São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2000


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Desemprego semanal no país é o menor registrado em 27 anos

das agências internacionais

A economia norte-americana bateu mais um recorde de aquecimento. A semana passada registrou a menor procura por salário-desemprego dos últimos 27 anos.
O Departamento de Trabalho dos EUA divulgou ontem que 257 mil americanos procuraram o benefício estatal, concedido a quem não está conseguindo uma colocação, na semana encerrada no dia 15 de abril. Foram 9.000 pessoas a menos do que na semana anterior.
Procura menor do que essa (levando-se em conta que não houve feriados) só foi registrada em dezembro de 1973, com 256 mil pedidos de seguro-desemprego. A População Economicamente Ativa (PEA) da época, no entanto, era menor.
Os dados significam que parte dos americanos conseguiu emprego na última semana. O último dado oficial dos EUA, divulgado no mês passado, indicava que 4,1% da PEA estava desempregada. A taxa deve cair neste mês.
Economistas norte-americanos acreditam que uma procura por seguro abaixo de 300 mil por semana significava algo próximo do pleno emprego e que as empresas estão com dificuldades para encontrar mão-de-obra qualificada.
Isso deve elevar o salário médio pago aos trabalhadores (devido à escassez), aumentando o dinheiro em circulação no mercado e a venda de mercadorias. Isso pode ocasionar inflação, um risco que assombrou os mercados na semana passada, quando foi divulgado o índice de março (0,7%, o maior em 11 meses).
Para conter a alta inflacionária, o Fed (banco central dos EUA) pode ser obrigado a elevar a taxa de juros em maio, diminuindo a circulação de dinheiro no mercado. Desde junho, o Fed já elevou os juros por cinco vezes. Atualmente, eles estão em 6% ao ano.



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