São Paulo, domingo, 21 de abril de 2002

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PAINEL S.A.

Fora da ISO
Por falta de pagamento, o Brasil foi um dos três países do mundo a perder o assento na ISO, a maior entidade do mundo de certificação de qualificação de produtos, em 2001. Os outros foram Bósnia-Herzegóvina, Filipinas e Nigéria.

Sem caixa
A suspensão deve-se à séria crise financeira que atravessa a ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), que representa o Brasil na entidade e é mantida por governo e empresários. Ela deve cerca de R$ 18 milhões, entre impostos e créditos bancários, e está sem caixa para fazer seus pagamentos.

De chapéu na mão
Para tentar sair da crise, a ABNT recorreu ao governo e à Fiesp. A entidade pediu R$ 1 milhão ao Ministério da Ciência e Tecnologia e mais R$ 1 milhão aos empresários paulistas. Ainda não obteve resposta.


Balança otimista 1
Pesquisa entre os associados da Abdib -associação que reúne 150 das maiores empresas do setor de infra-estrutura do Brasil- diz que 55% dos empresários apostam no aumento das exportações neste ano.

Balança otimista 2
A Abdib estima que as exportações do setor cheguem a US$ 7,5 bilhões, um crescimento de quase 10%. Apenas 5% dos pesquisados acham que as vendas externas podem diminuir neste ano.

Plástico valioso
No Estado do Rio, 12,3% do plástico pós-consumo é reciclado por 54 empresas que faturam R$ 40 milhões/ano, segundo estudo da Plastivida-Abiquim (associação das indústrias químicas) que será divulgado nesta semana. Mais que na Bahia (9,4%) e menos que no Rio Grande do Sul (19,2%).

Estimativa
Até o dia 7 de maio, o MAE fornecerá aos agentes de mercado uma estimativa sobre a energia comercializada no primeiro trimestre de 2002. As informações serão destinadas exclusivamente para provisionamento dos balanços trimestrais.
E-mail -
guilherme.barros@uol.com.br

ANÁLISE

Pé trocado

A decisão do Copom de manter os juros em 18,5% frustou as expectativas do mercado. Se antes da decisão, na quarta-feira, as taxas no mercado futuro estavam caindo, depois dela voltaram a subir.
O economista Vladimir Caramaschi, da Fator Doria Atherino, acha que houve um certo exagero nessa reação. Para ele, o BC foi coerente e cuidadoso, apesar de ter contrariado as apostas do mercado. Os analistas previam uma queda de 0,25% nos juros básicos. De acordo com Caramaschi, o mercado não só exagerou como avaliou errado a decisão do BC. Ele acha que a decisão do BC poderá render cortes na taxa de juros antes das eleições de outubro. Por isso, as taxas no mercado futuro devem voltar a cair.



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