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Argentino põe as economias sob o colchão
DE BUENOS AIRES
A decretação de mais um
feriado bancário e cambial,
que não tem prazo para acabar, fará com que os argentinos tenham de gastar as economias guardadas embaixo
do colchão para sobreviver.
Manter recursos à margem do sistema financeiro,
prática que já era comum no
país, ganhou fôlego após a
imposição do curralzinho
no ano passado. Consultorias privadas estimam que os
argentinos tenham cerca de
US$ 25 bilhões, em espécie,
guardados em casa ou em
cofres nos bancos.
É comum que os argentinos retirem todo seu salário
no dia do pagamento e guardem o dinheiro em casa. A
utilização de cheques e cartões bancários apenas cresceu um pouco neste ano por
ser a única forma de ter acesso a recursos que ficaram
bloqueados nas contas bancárias com o curralzinho. O
ex-ministro da Economia,
Domingo Cavallo, costumava citar o Brasil como exemplo a ser seguido no que diz
respeito à utilização de cheques e cartões bancários.
Mas o curralzinho, criado
por ele, apenas aumentou a
ojeriza aos bancos.
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