São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2006

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INVESTIMENTO

Novo presidente não falou sobre a Varig

Fiocca reconhece desempenho mais fraco do BNDES no 1º tri

DA SUCURSAL DO RIO

O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Demian Fiocca, reconheceu ontem que o desempenho do BNDES ficou abaixo do esperado nos três primeiros meses do ano. No período, os desembolsos do banco somaram R$ 6,77 bilhões, 28% menos do que em igual período de 2005.
Na avaliação do executivo, as mudanças nas políticas operacionais da instituição, anunciadas no final do ano passado, foram parcialmente responsáveis pela redução dos desembolsos e pedidos de empréstimo -queda de 1% no trimestre, para R$ 17,22 bilhões.
É que a principal mudança foi a redução dos "spreads" de várias linhas de crédito do BNDES. Com isso, muitas empresas aguardaram um pouco para concluírem as operações de crédito com o objetivo de assegurar uma taxa de juro mais baixa, o que teve impacto no desempenho do BNDES.
Apesar disso, Fiocca disse ser possível cumprir o orçamento deste ano, que prevê expansão dos empréstimos da ordem de 20%. A estimativa é financiar R$ 55 bilhões em 2006, contra R$ 47 bilhões de 2005.
"Esperamos um desempenho melhor a partir do segundo trimestre", disse Fiocca, acrescentando que vários financiamentos de grande porte estão na fila.
Fiocca citou uma grande operação do setor petroquímico com financiamento de US$ 700 a US$ 800 milhões -que vai gerar investimentos de US$ 3 bilhões- a dois projetos.

Varig
Apesar da insistência dos jornalistas, Fiocca evitou dar detalhes sobre a negociação de um eventual empréstimo à Varig. Disse apenas que não há definição nem decisão de financiar a recuperação da companhia por enquanto.
O presidente do BNDES anunciou novos diretores da instituição. Entram na direção colegiada do banco Élvio Gaspar, que cuidará das áreas de crédito e social, Wagner Bittencurt, nas áreas de insumos básicos e infra-estrutura, e Eduardo Rath Fingerl, que ficará com a área de mercado de capitais, informática e controle. Armando Mariante vai para a vice-presidência e acumula as áreas de indústria e comércio exterior. (PEDRO SOARES)


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