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INVESTIMENTO
Novo presidente não falou sobre a Varig
Fiocca reconhece desempenho mais fraco do BNDES no 1º tri
DA SUCURSAL DO RIO
O presidente do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento
Econômico e Social), Demian
Fiocca, reconheceu ontem que o
desempenho do BNDES ficou
abaixo do esperado nos três primeiros meses do ano. No período,
os desembolsos do banco somaram R$ 6,77 bilhões, 28% menos
do que em igual período de 2005.
Na avaliação do executivo, as
mudanças nas políticas operacionais da instituição, anunciadas no
final do ano passado, foram parcialmente responsáveis pela redução dos desembolsos e pedidos de
empréstimo -queda de 1% no
trimestre, para R$ 17,22 bilhões.
É que a principal mudança foi a
redução dos "spreads" de várias
linhas de crédito do BNDES. Com
isso, muitas empresas aguardaram um pouco para concluírem
as operações de crédito com o objetivo de assegurar uma taxa de
juro mais baixa, o que teve impacto no desempenho do BNDES.
Apesar disso, Fiocca disse ser
possível cumprir o orçamento
deste ano, que prevê expansão
dos empréstimos da ordem de
20%. A estimativa é financiar
R$ 55 bilhões em 2006, contra
R$ 47 bilhões de 2005.
"Esperamos um desempenho
melhor a partir do segundo trimestre", disse Fiocca, acrescentando que vários financiamentos
de grande porte estão na fila.
Fiocca citou uma grande operação do setor petroquímico com financiamento de US$ 700 a
US$ 800 milhões -que vai gerar
investimentos de US$ 3 bilhões-
a dois projetos.
Varig
Apesar da insistência dos jornalistas, Fiocca evitou dar detalhes
sobre a negociação de um eventual empréstimo à Varig. Disse
apenas que não há definição nem
decisão de financiar a recuperação da companhia por enquanto.
O presidente do BNDES anunciou novos diretores da instituição. Entram na direção colegiada
do banco Élvio Gaspar, que cuidará das áreas de crédito e social,
Wagner Bittencurt, nas áreas de
insumos básicos e infra-estrutura,
e Eduardo Rath Fingerl, que ficará
com a área de mercado de capitais, informática e controle. Armando Mariante vai para a vice-presidência e acumula as áreas de
indústria e comércio exterior.
(PEDRO SOARES)
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