ALESSANDRA KIANEK
DA REDAÇÃO

O preço do álcool hidratado voltou a ter forte queda nesta semana nas usinas do Estado de São Paulo. É a sexta semana consecutiva de baixa nos preços.
O litro recuou 7,02% e foi negociado, em média, a R$ 1,0428, sem impostos. É a menor cotação do combustível desde 10 de fevereiro, quando era negociado a R$ 1,0379. Desde que começou a recuar, o produto acumula retração de 16%. O pico de preço aconteceu em 10 de março -R$ 1,2412.
Já o álcool anidro, que vinha apresentando reduções modestas, teve queda de 1,86%, passando a ser negociado, em média, a R$ 1,1843 por litro, sem impostos.
O álcool anidro é o usado na mistura com a gasolina e é isento de tributação na venda da usina aos distribuidores. Já o hidratado é usado nos veículos movidos a álcool e tributado na venda.
Os dados são do levantamento semanal realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP.
Mirian Bacchi, pesquisadora do Cepea e professora da Esalq, atribui a queda do álcool nas usinas, nesta semana, ao aumento da oferta de cana-de-açúcar devido ao início da safra.
Segundo a pesquisadora, a queda dos preços nas usinas vai chegar ao consumidor, mas com menor grau de intensidade. Isso porque o varejo tem custos de comercialização que não dependem só do preço da matéria-prima, como mão-de-obra e energia elétrica.
A demora para o consumidor sentir a queda no preço do combustível ao abastecer o carro se deve, segundo Bacchi, aos estoques ainda presentes nas distribuidoras e nos postos.


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