São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2006

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MERCADO FINANCEIRO

Perda da GM menor que o previsto leva Dow Jones aos 11.342 pontos; Bovespa sobe 4,44% na semana

Bolsa de NY atinge maior nível em 6 anos

DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE

A Bolsa de Nova York teve alta de 0,56% ontem no seu índice Dow Jones, termômetro do desempenho das maiores corporações do mundo, e alcançou o maior nível desde janeiro de 2000: 11.342 pontos. O principal motivo foi o prejuízo menor que o previsto registrado pela General Motors no primeiro trimestre do ano (leia à pág. B12). As ações da companhia tiveram valorização de 9%, o que foi responsável por um quarto da alta do índice. Também puxou a alta em Nova York a redução de 0,30% nos preços do petróleo (leia à pág. B12).
No mercado acionário brasileiro, depois de três dias de euforia, os investidores aproveitaram para embolsar parte dos lucros ontem, cautelosos por causa do feriado. A Bovespa caiu 0,41%, para 39.774 pontos, com giro de R$ 2,542 bilhões, mas na semana acumulou elevação de 4,44%. O dólar comercial avançou 0,28%, para R$ 2,121, mas na semana registrou desvalorização de 0,93%.
"Em nada mudou o otimismo observado nos últimos dias", afirmou Vladimir Caramaschi, economista-chefe da corretora Fator. O bom humor, que começou com a sinalização do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de que o ciclo de elevação dos juros da economia está próximo do fim, foi aumentado ainda pelo corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, decisão anunciada pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na noite de quarta-feira. A redução já era esperada pelo mercado, mas mesmo assim o nível das taxas de juros no país continua alto, atraindo os investidores estrangeiros.
"Os eventos e indicadores econômicos da próxima semana ditarão o humor do mercado. Pode haver alguma volatilidade", disse Caramaschi.
Na quarta-feira, sai o IPCA-15, prévia do índice oficial de inflação, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), e, na quinta, será divulgada a ata da última reunião do Copom, que será analisada com cuidado pelo mercado em busca de pistas sobre novas baixas.
A evolução dos preços do petróleo e dos rendimentos dos treasuries (títulos do Tesouro norte-americano), que alimentam as discussões acerca da taxa de juros dos EUA, são outro foco da atenção dos investidores, na opinião do analista.


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