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MERCADO FINANCEIRO
Perda da GM menor que o previsto leva Dow Jones aos 11.342 pontos; Bovespa sobe 4,44% na semana
Bolsa de NY atinge maior nível em 6 anos
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
A Bolsa de Nova York teve alta
de 0,56% ontem no seu índice
Dow Jones, termômetro do desempenho das maiores corporações do mundo, e alcançou o
maior nível desde janeiro de 2000:
11.342 pontos. O principal motivo
foi o prejuízo menor que o previsto registrado pela General Motors
no primeiro trimestre do ano (leia
à pág. B12). As ações da companhia tiveram valorização de 9%, o
que foi responsável por um quarto da alta do índice. Também puxou a alta em Nova York a redução de 0,30% nos preços do petróleo (leia à pág. B12).
No mercado acionário brasileiro, depois de três dias de euforia,
os investidores aproveitaram para embolsar parte dos lucros ontem, cautelosos por causa do feriado. A Bovespa caiu 0,41%, para
39.774 pontos, com giro de R$
2,542 bilhões, mas na semana
acumulou elevação de 4,44%. O
dólar comercial avançou 0,28%,
para R$ 2,121, mas na semana registrou desvalorização de 0,93%.
"Em nada mudou o otimismo
observado nos últimos dias", afirmou Vladimir Caramaschi, economista-chefe da corretora Fator.
O bom humor, que começou com
a sinalização do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano) de que o ciclo de elevação
dos juros da economia está próximo do fim, foi aumentado ainda
pelo corte de 0,75 ponto percentual na taxa Selic, decisão anunciada pelo Copom (Comitê de Política Monetária do Banco Central) na noite de quarta-feira. A
redução já era esperada pelo mercado, mas mesmo assim o nível
das taxas de juros no país continua alto, atraindo os investidores
estrangeiros.
"Os eventos e indicadores econômicos da próxima semana ditarão o humor do mercado. Pode
haver alguma volatilidade", disse
Caramaschi.
Na quarta-feira, sai o IPCA-15,
prévia do índice oficial de inflação, do IBGE (Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística), e, na
quinta, será divulgada a ata da última reunião do Copom, que será
analisada com cuidado pelo mercado em busca de pistas sobre novas baixas.
A evolução dos preços do petróleo e dos rendimentos dos treasuries (títulos do Tesouro norte-americano), que alimentam as
discussões acerca da taxa de juros
dos EUA, são outro foco da atenção dos investidores, na opinião
do analista.
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