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Dólar fecha em queda, apesar de atuação do BC, a R$ 2,028
Leilão de "swap cambial reverso" girou US$ 600 mi
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Não adiantou o Banco Central fazer seu leilão surpresa de
contratos de "swap cambial reverso". O dólar encerrou as
operações de ontem em queda,
de 0,10%, vendido a R$ 2,028,
uma de suas mais baixas cotações em seis anos.
O leilão de "swap cambial reverso" movimentou aproximadamente US$ 600 milhões. Outros cerca de US$ 300 milhões
foram comprados pelo BC diretamente dos bancos.
O resultado de ontem mostrou que o máximo que a autoridade monetária tem conseguido é evitar que o dólar caia
de forma mais rápida.
Na sexta-feira passada, o BC
informou que deixaria de avisar quando realizaria oferta de
"swap cambial reverso", como
forma de pegar o mercado de
surpresa. A colocação de "swap
cambial reverso" tem o efeito
de compras de dólares no mercado futuro. Assim, podem ajudar a fortalecer a cotação da
moeda americana.
Nas Bolsas de Valores, o último dia da semana foi de ganhos
expressivos nos principais
mercados.
A Bovespa registrou valorização de 1,32% e foi a novo patamar recorde: 49.408 pontos.
O índice Dow Jones, o principal da Bolsa de Nova York, teve
alta de 1,20%, indo a 12.961
pontos -novo pico histórico. A
Nasdaq, onde são negociadas
ações de empresas de alta tecnologia, subiu 0,84%.
A recuperação do mercado
acionário asiático -que havia
sofrido perdas no pregão anterior, devido ao exagerado aquecimento chinês- foi importante para o dia positivo. Em Xangai, a Bolsa subiu 3,92%. O índice Nikkei marcou em Tóquio
ganhos de 0,46%.
A alta da Bolsa de Nova York
refletiu também resultados
corporativos melhores que o
esperado, como foi o caso da
Caterpillar, cujas ações subiram 4,7%. Outro destaque foi o
Google, com suas ações registrando alta de 2,3%.
A contínua procura por papéis da dívida brasileira no
mercado internacional levou o
risco-país ontem a seu menor
nível histórico: 146 pontos,
após recuar 1,35%. Isso indica
que na visão dos investidores
internacionais nunca foi tão
pouco arriscado aplicar em títulos do Brasil.
Semana de ganhos
A semana foi bastante favorável sob o ponto de vista do
mercado acionário brasileiro.
O índice Ibovespa, que reúne
as 58 ações de maior liquidez,
acumulou valorização de
3,09% na semana.
A maioria dos papéis que estão na carteira do Ibovespa tiveram uma semana positiva:
foram 46 altas contra apenas 10
quedas. Duas ações ficaram estáveis no período.
No mês, a valorização acumulada pela Bovespa chega
agora aos 7,87%. No ano, os ganhos estão em 11,10%.
As duas maiores altas da semana foram da Perdigão ON
(ação ordinária, com direito a
voto), que subiu 14,80%, e Cosan ON, que teve elevação de
11,35%. Na outra ponta, as
ações ordinárias da Telemar e
do Submarino tiveram as maiores baixas, de 4,82% e 2,85%,
respectivamente.
Livro bege
Na próxima semana, dados
da economia norte-americana
podem trazer instabilidade ao
mercado global. Um dos destaques é o livro bege -compilação de dados econômicos dos
EUA feita pelo BC do país-,
que será conhecido na quarta.
"Com importantes dados a
serem divulgados na semana
que vem nos EUA, o mercado
deve voltar a passar por momentos de maior volatilidade",
diz Julio Martins, diretor da
Prosper Gestão de Recursos.
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