São Paulo, terça-feira, 21 de maio de 2002

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Técnica só é vantajosa para grandes produtores

DA REPORTAGEM LOCAL

A agricultura de precisão só é vantajosa para produtores, com extensas áreas plantadas. A combinação das técnicas que serão utilizadas depende das necessidades específicas da cultura e da propriedade de cada produtor.
A primeira é o mapeamento de produtividade da fazenda. O processo consiste basicamente em levantar informações sobre a produtividade da área cultivada.
A coleta dessas informações durante a colheita é realizada com o auxílio de sensores para quantificar quantos grãos entram na colheitadeira e do sistema de posicionamento DGPS (Digital Global Positioning System). À medida que a máquina se desloca no campo, a quantidade de grãos colhida é calculada pelo sensor de produtividade. Outros sensores ponderam o peso dos grãos colhidos, medindo sua umidade e determinam quais áreas estão infestadas por pragas ou ervas daninhas.
O segundo passo dessa técnica é o mapeamento de atributos do solo. Tratores ou outros veículos de pequeno porte, equipados com GPS, coletam amostras de solo em diversos pontos de uma propriedade agrícola. Essa coleta, que pode também ser feita manualmente por agrônomos munidos de GPS, é depois analisada por técnicos especializados. Os dados são fundamentais para determinar quais os motivos da maior ou menor produtividade de determinada área da plantação.
Após essa etapa, é feito um mapeamento preciso dos locais onde há, por exemplo, carência de nutrientes no solo. Com o mapa em mãos, o produtor poderá aplicar herbicida ou fertilizantes apenas nas áreas indicadas pelo sistema, o que leva à redução de custos.
Essa aplicação pode, inclusive, ser feita por maquinários que, também equipados com GPS e sistemas integrados de produção, ponderam automaticamente a administração de insumos e de acordo com a área em que se encontra a lavoura. O problema é que em pouquíssimas regiões o sistema completo de agricultura de precisão é utilizado. A maioria dos agricultores utiliza essa tecnologia em máquinas para a colheita e poucos a usam no maquinário de correção do solo e de plantio.
A última etapa de utilização das técnicas é o que os especialistas chamam de "scouting" (inspeção). Após a correção do solo e do plantio, agrônomos equipados com GPS visitam a fazenda para verificar a eficiência das intervenções realizadas. (CC e JSO)


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