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Dólar em baixa reduz custo das matérias-primas importadas
DA REPORTAGEM LOCAL
Na freqüente lamúria das indústrias por causa do tombo do
dólar em relação ao real -que
reduz o fôlego das exportações-, as empresas não lembram de citar que, nessa conta
de comércio exterior, há um indicador favorável a boa parte
das companhias.
Toda vez que o real se valoriza, se a venda de mercadorias lá
fora fica menos interessante,
por outro lado as importações
ficam mais baratas para as empresas. Elas podem comprar
matérias-primas desembolsando menos dinheiro.
Por isso, a tendência é que o
custo da mercadoria produzida
caia e a eficiência na produção
suba.
Portanto, a grosso modo, é
possível dizer que em momentos de desvalorização da moeda
estrangeira há uma espécie de
"compensador parcial" para o
caixa das companhias.
"É claro que isso acontece,
mas quem sente esse efeito são
as empresas que importam insumos. Os produtos commodities, como itens agrícolas, não
desfrutam desse benefício", explica Alberto Borges Matias,
sócio e fundador da ABM Consulting.
As indústrias eletroeletrônica, de informática, de celulares
e de cosméticos percebem esse
efeito positivo da importação
mais em conta.
Além disso, com a cotação de
algumas matérias-primas em
dólar, a desvalorização da moeda estrangeira torna a compra
desses insumos mais barata no
país também -não só na importação, portanto.
(AM)
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