São Paulo, domingo, 21 de maio de 2006

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Dólar em baixa reduz custo das matérias-primas importadas

DA REPORTAGEM LOCAL

Na freqüente lamúria das indústrias por causa do tombo do dólar em relação ao real -que reduz o fôlego das exportações-, as empresas não lembram de citar que, nessa conta de comércio exterior, há um indicador favorável a boa parte das companhias.
Toda vez que o real se valoriza, se a venda de mercadorias lá fora fica menos interessante, por outro lado as importações ficam mais baratas para as empresas. Elas podem comprar matérias-primas desembolsando menos dinheiro.
Por isso, a tendência é que o custo da mercadoria produzida caia e a eficiência na produção suba.
Portanto, a grosso modo, é possível dizer que em momentos de desvalorização da moeda estrangeira há uma espécie de "compensador parcial" para o caixa das companhias.
"É claro que isso acontece, mas quem sente esse efeito são as empresas que importam insumos. Os produtos commodities, como itens agrícolas, não desfrutam desse benefício", explica Alberto Borges Matias, sócio e fundador da ABM Consulting.
As indústrias eletroeletrônica, de informática, de celulares e de cosméticos percebem esse efeito positivo da importação mais em conta.
Além disso, com a cotação de algumas matérias-primas em dólar, a desvalorização da moeda estrangeira torna a compra desses insumos mais barata no país também -não só na importação, portanto. (AM)


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