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Mercado Aberto
@ - guilherme.barros@uol.com.br
Empresas e políticos dividem responsabilidade na corrupção
Empresas envolvidas em esquemas de corrupção são tão
culpadas quanto os políticos.
Os políticos terão muito mais
problemas se pegos, mas a culpa é a mesma.
A afirmação é de Josh Gottheimer, ex-integrante da equipe de Comunicação de Bill
Clinton, na Casa Branca, e vice-presidente da consultoria Burson-Marsteller, que esteve no
Brasil na última semana.
Para as empresas, o problema [a corrupção] perdura em
prazo ainda mais longo. "Em
uma perspectiva maior, é um
grande risco. A empresa pode
ser afetada para sempre."
Leis mais rígidas e regras corporativas internas que evitem o
envolvimento em esquemas de
corrupção são as principais saídas sugeridas por Gottheimer
para evitar o problema.
Segundo ele, as empresas podem aprender e ganhar muito
com o modelo de campanhas
políticas. Há muitas semelhanças entre o modelo político e o
modelo corporativo. Assim como os políticos são pessoas públicas, os CEOs estão visíveis
como nunca antes.
"A reputação das empresas é
muito importante. Assuntos
que antes eram só governamentais, como obesidade, patentes e energia, agora são considerados como assuntos corporativos. São oportunidades
de fazer dinheiro", afirma.
Entre os pontos a serem observados ele destaca três. O primeiro é a capacidade de responder rapidamente. "Especialmente se há uma informação que não é verdadeira. É importante aparecer e corrigi-la."
Em segundo lugar, é importante ter uma mensagem forte.
Ele cita a expressão "It's the
economy, stupid" ("É a economia, estúpido"), usada pelo
marqueteiro e também assessor de Clinton, James Carville,
em sua campanha em 1992.
"Ele focou na economia e no
emprego."
Em terceiro lugar, Gottheimer afirma que é importante
que a empresa use a mesma disciplina de campanha para focar
em seus pontos importantes.
"Quando uma empresa fala
sobre diferentes coisas, o público não sabe exatamente a que a
empresa se propõe, no que
acredita."
Sobre o cenário de negócios
brasileiro, Gottheimer acredita
que há muito potencial. "O Brasil tem muitos recursos para
gerar negócios. Eu realmente
acho que nos próximos 50 anos
o Brasil vai crescer e se tornar
um grande líder no mundo",
diz, e cita o álcool. "O Brasil já é
um líder quando se trata de
fontes alternativas de energia."
ACESSÓRIO
A rede de lojas de acessórios femininos Morana Acessórios
vai aumentar sua expansão neste ano. Atualmente com cerca de 70 lojas espalhadas pelo país, sua meta é alcançar 100 unidades até o final do ano. O objetivo agora é intensificar a
presença das franquias da marca em cidades do interior. Estão na lista os municípios de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Taubaté e Bauru, entre outros. "Já estamos nas principais capitais de cerca de 16 Estados. Agora vamos para municípios de menor população", diz Jae Ho Lee, um dos
sócios da rede.
PACOTE
A Marilan figurou como a
segunda maior fabricante de
biscoitos do país, no ranking
de volume, no bimestre
março/abril. Os dados foram divulgados pela Nielsen
na semana passada. A marca
ultrapassou a Nestlé.
EM CASA
A Casa das Rosas, que hoje abriga o acervo do poeta Haroldo de Campos, sediará a primeira edição brasileira do CAD (Casa Arte & Design), mostra de arquitetura, design e
paisagismo. A idéia é ocupar espaços com importância cultural para a cidade e mostrar tendências. "No caso da Casa das Rosas, um espaço tombado, em que não é possível fazer modificação estrutural, os profissionais terão de usar a criatividade", diz Lucy Amicon, uma das organizadoras da mostra.
O evento, que já é realizado em cidades como Londres e Milão, tem a poesia como tema da primeira edição.
CARRINHO
Levantamento do Wal-Mart Brasil em abril mostra
que, numa cesta de 2.000
itens -alimentos, perecíveis
e produtos de higiene-,
houve queda de 11% nos preços ante abril de 2006, nas
mesmas lojas do grupo.
NO CARTÃO
A escolha por cartões de
crédito corporativos subiu.
Hoje, 70% dos clientes recorrem a eles, segundo a
agência Tour House. Cerca
de 40% das despesas de
grandes companhias são pagas com cartão ou contas
virtuais de cartão de crédito.
Nas médias, esses gastos são
14%; nas pequenas, 8%. Cerca de 25% dos custos de viagens empresariais são quitados com ele, o que abrange passagem aérea, hospedagem, transporte, seguro e refeição. Os cartões movimentam R$ 15,5 bilhões.
ANDAIME
A Tecnisa deixou de atuar
só no Estado de São Paulo e
fechou parceria com a Terra
Brasilis, sediada em Fortaleza. Com a parceria, a estimativa para os próximos 36 meses é atingir com seus lançamentos o VGV potencial de
R$ 400 milhões.
DIGITAL
Mauro Ricardo Machado
Costa, secretário da Fazenda de São Paulo, foi convidado pelo Projeto Brasil para
discutir avanços e entraves
da certificação digital, hoje.
ESPIRITUAL
O conceito de espiritualidade divide opiniões dentro das
organizações. Mais de 50% dos profissionais consideram
o cultivo de valores e atitudes altruístas a melhor forma
de exercer a espiritualidade dentro das organizações, segundo pesquisa realizada pelo portal thenewlife, voltado para o aperfeiçoamento de profissionais e para o desenvolvimento de organizações.
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