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Pré-sal vai acelerar crescimento do país, afirmam petrolíferas
Empresas cobram definição de novo marco regulatório para a exploração
DA SUCURSAL DO RIO
O Brasil tem, com a descoberta das reservas gigantes do
pré-sal, a oportunidade histórica de acelerar o desenvolvimento econômico e social do
país, desde que evite os erros de
muitas nações que caíram na
chamada "maldição do petróleo" e acelere a definição das
novas regras para a exploração
da nova província petrolífera.
Essa foi a principal conclusão
tirada do debate de ontem do
21º Fórum Nacional, no
BNDES, organizado anualmente pelo ex-ministro do Planejamento João Paulo dos Reis
Velloso. O evento termina hoje.
Seguir um modelo próximo
ao norueguês -com um fundo
específico para educação e o
bom uso dos recursos gerados
pelo petróleo- e adaptá-lo à
realidade e à necessidade do
Brasil foi tema consensual.
O presidente da Shell, Vasco
Dias, cobrou uma ação mais rápida da comissão formada para
elaborar o novo marco do setor
e defendeu o sistema de concessão vigente hoje.
Álvaro Teixeira, secretário-executivo do IBP (Instituto
Brasileiro do Petróleo), lamentou que a comissão caminhe
para a mudança do regime.
O governo discute desde o
ano passado a criação de novas
regras para o pré-sal. Argumenta que, como o risco na nova
província é menor -todos os
poços perfurados jorraram petróleo-, o regime de concessão
não se justificaria mais.
Coordenada pelo Ministério
de Minas e Energia, a comissão
é simpática ao regime de partilha de produção -pelo qual o
petróleo extraído é dividido
com o Estado, que recebe o óleo
no lugar de tributos.
José Formigli, gerente-executivo da Petrobras para o pré-sal, evitou se posicionar sobre o
novo modelo. Para ele, adotar
um modelo similar ao da Noruega livraria o país da "maldição do petróleo", que afeta nações produtoras em que "dá tudo errado" após descobrirem
grandes reservas de óleo. Um
exemplo clássico é a Venezuela.
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