|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Câmara inclui financiamento de lotes no Minha Casa
Emenda facilita legalização
de terras griladas no DF
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Câmara dos Deputados incluiu no programa habitacional
que promete a construção de 1
milhão de casas o financiamento de lotes para famílias com
renda de até seis salários mínimos (R$ 2.790), a legalização
facilitada de imóveis de classe
média no Distrito Federal e a
ampliação da isenção do pagamento de taxas cartoriais.
A isenção se estende a todo
imóvel adquirido por quem
tem renda de até três salários
mínimos. Originalmente, só o
construído via pacote habitacional teria o benefício.
Os deputados também permitiram que os trabalhadores
saquem o dinheiro depositado
em contas do FGTS (Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço)
para a aquisição de lotes considerados de interesse social. A
definição do valor do terreno
que se enquadrará nessa definição dependerá de regras do
Conselho Curador do FGTS.
Uma emenda patrocinada
pela bancada do Distrito Federal facilitou a legalização de terras griladas na região por famílias de classe média e alta. O governo local poderá usar um rito
simplificado e administrativo
-muito mais rápido- para reconhecer a posse dessas áreas.
Todas as alterações feitas pela Câmara terão de ser aprovadas pelo Senado.
O governo tentou evitar a inclusão do financiamento de lotes no pacote habitacional, mas
não teve apoio nem mesmo do
relator da medida, o líder do
PMDB, deputado Henrique
Eduardo Alves (RN). O PMDB é
um dos partidos da base aliada
do governo no Congresso, mas
vem criando dificuldades nas
votações porque perdeu cargos
na Infraero, estatal que administra os principais aeroportos.
Houve divergências também
no PT. Alas ligadas aos movimentos de reforma urbana
pressionaram para que a compra de lotes fosse autorizada.
"Não vou aceitar interferência política", dizia o deputado
Henrique Eduardo Alves da tribuna, enquanto representantes
do Ministério da Fazenda e das
Cidades pediam a líderes aliados que barrassem a emenda.
O PT tentou derrubar a
emenda que facilita a legalização de áreas griladas no distrito
federal, mas a proposta foi
mantida com 224 votos, com o
apoio da oposição e de partidos
da base aliada.
O programa também passou
a incluir cidades com menos de
50 mil habitantes e garantiu a
aplicação de R$ 1 bilhão nessas
regiões. Para isso, foi reduzido
para R$ 15 bilhões o valor total
que o governo disponibilizará
só para a compra de casas para
famílias de baixa renda.
O texto aprovado na Câmara
aumenta a segurança jurídica
para que a Caixa Econômica faça empréstimos habitacionais
com prestações mais baixas no
início do financiamento, a chamada Tabela Price.
Texto Anterior: Secovi vai propor abater do IR juros do financiamento Próximo Texto: Famílias da Sadia superam Previ na BRF Índice
|