São Paulo, sexta-feira, 21 de maio de 2010

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outro lado

Governo cobra desempenho de servidores

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário-executivo-adjunto do Ministério do Planejamento, Francisco Gaetani, admite as limitações do funcionalismo brasileiro, mas diz que o governo continuará fazendo "mais da mesma coisa".
Gaetani afirma que já existe uma atenção com o gasto com pessoal no governo federal e que o Executivo tenta implementar a remuneração por desempenho, mas que isso ainda é incipiente.
"A avaliação de desempenho é frágil, tem problemas e limitações, mas estamos procurando melhorar. Não são discussões simples e que serão resolvidas de uma hora para outra", diz Gaetani.
Durante a cerimônia de apresentação do relatório da OCDE (Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos), ele cobrou que os servidores têm que trabalhar para construir um Estado que funcione e que "estamos deixando a desejar".
"Não podemos usar o nosso provincianismo, a nossa ignorância como álibi dos nossos problemas", afirmou.
De acordo com Gaetani, o governo Luiz Inácio Lula da Silva compatibilizou os salários do setor público, mas não houve um salto de qualidade na administração pública correspondente.
Para o secretário-executivo-adjunto, a contratação de mais funcionários também teve um resultado muito pequeno e os concursos públicos "são péssimos" e não atendem a necessidade do serviço público.
"Temos uma massa crítica ainda bastante rarefeita e insatisfeita. Está se impondo ao país um custo inaceitável e de difícil explicação em um período de crescimento", concluiu.
O secretário pediu que o estudo seja utilizado além do calendário eleitoral, para pensar soluções de longo prazo.
De acordo com o secretário de Gestão do Ministério do Planejamento, Tiago Falcão, existem hoje 48 gratificações por desempenho criadas e que os pontos levantados no relatório serão considerados na regulamentação dessa remuneração.


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