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outro lado
Governo cobra desempenho de servidores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O secretário-executivo-adjunto do Ministério do Planejamento, Francisco Gaetani, admite as limitações do funcionalismo brasileiro, mas diz que o
governo continuará fazendo
"mais da mesma coisa".
Gaetani afirma que já existe
uma atenção com o gasto com
pessoal no governo federal e
que o Executivo tenta implementar a remuneração por desempenho, mas que isso ainda é
incipiente.
"A avaliação de desempenho
é frágil, tem problemas e limitações, mas estamos procurando melhorar. Não são discussões simples e que serão resolvidas de uma hora para outra",
diz Gaetani.
Durante a cerimônia de apresentação do relatório da OCDE
(Organização de Cooperação e
Desenvolvimento Econômicos), ele cobrou que os servidores têm que trabalhar para
construir um Estado que funcione e que "estamos deixando
a desejar".
"Não podemos usar o nosso
provincianismo, a nossa ignorância como álibi dos nossos
problemas", afirmou.
De acordo com Gaetani, o governo Luiz Inácio Lula da Silva
compatibilizou os salários do
setor público, mas não houve
um salto de qualidade na administração pública correspondente.
Para o secretário-executivo-adjunto, a contratação de mais
funcionários também teve um
resultado muito pequeno e os
concursos públicos "são péssimos" e não atendem a necessidade do serviço público.
"Temos uma massa crítica
ainda bastante rarefeita e insatisfeita. Está se impondo ao
país um custo inaceitável e de
difícil explicação em um período de crescimento", concluiu.
O secretário pediu que o estudo seja utilizado além do calendário eleitoral, para pensar
soluções de longo prazo.
De acordo com o secretário
de Gestão do Ministério do Planejamento, Tiago Falcão, existem hoje 48 gratificações por
desempenho criadas e que os
pontos levantados no relatório
serão considerados na regulamentação dessa remuneração.
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