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CONCORRÊNCIA
Novo presidente do órgão defende fusões
Cade não deve impedir formação de grandes grupos, diz Grandino
ISABEL VERSIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O desembargador aposentado
João Grandino Rodas, indicado
pelo governo para assumir a presidência do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), disse ontem que a defesa da
concorrência não deve representar um impedimento à formação
de grandes grupos nacionais preparados para competir internacionalmente.
""Não podemos, em nome da
defesa do consumidor, impedir
que uma empresa nacional alce
vôos maiores. Precisamos buscar
o equilíbrio entre os interesses",
afirmou Grandino durante sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
Os nomes de Grandino e dos
outros três indicados pelo presidente FHC para compor o Cade
-Thompson Andrade, Celso
Campilongo e Afonso Arinos Neto- foram aprovados por unanimidade na CAE. Os nomes ainda
terão de ser aprovados pelo plenário do Senado.
Com o discurso de defesa das
empresas nacionais, Grandino indicou que, a princípio, não deve
criar problemas para planos do
Ministério do Desenvolvimento
de incentivar a formação de grandes grupos em setores como aviação e petroquímica.
Grandino assumirá a presidência do Cade em substituição a
Gesner Oliveira, que deixou o cargo no mês passado, depois de
quatro anos de mandato.
Professor titular de direito internacional da USP, Grandino foi
vice-presidente da Comissão de
Desaparecidos Políticos, criada
em 96 para definir as famílias de
mortos e desaparecidos por responsabilidade do Estado que seriam indenizadas pelo governo. O
ministro José Gregori (Justiça) era
o presidente da comissão.
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