São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2000


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CONCORRÊNCIA
Novo presidente do órgão defende fusões
Cade não deve impedir formação de grandes grupos, diz Grandino

ISABEL VERSIANI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O desembargador aposentado João Grandino Rodas, indicado pelo governo para assumir a presidência do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), disse ontem que a defesa da concorrência não deve representar um impedimento à formação de grandes grupos nacionais preparados para competir internacionalmente.
""Não podemos, em nome da defesa do consumidor, impedir que uma empresa nacional alce vôos maiores. Precisamos buscar o equilíbrio entre os interesses", afirmou Grandino durante sabatina na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.
Os nomes de Grandino e dos outros três indicados pelo presidente FHC para compor o Cade -Thompson Andrade, Celso Campilongo e Afonso Arinos Neto- foram aprovados por unanimidade na CAE. Os nomes ainda terão de ser aprovados pelo plenário do Senado.
Com o discurso de defesa das empresas nacionais, Grandino indicou que, a princípio, não deve criar problemas para planos do Ministério do Desenvolvimento de incentivar a formação de grandes grupos em setores como aviação e petroquímica.
Grandino assumirá a presidência do Cade em substituição a Gesner Oliveira, que deixou o cargo no mês passado, depois de quatro anos de mandato.
Professor titular de direito internacional da USP, Grandino foi vice-presidente da Comissão de Desaparecidos Políticos, criada em 96 para definir as famílias de mortos e desaparecidos por responsabilidade do Estado que seriam indenizadas pelo governo. O ministro José Gregori (Justiça) era o presidente da comissão.



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