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TECNOLOGIA
Acordo de TV Digital com Japão está próximo, diz Lula
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ARAUCÁRIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio
Lula da Silva disse ontem
que o governo brasileiro ""está próximo de concluir" o
acordo com o Japão para
adoção do padrão ISDB de
TV Digital no Brasil. A declaração é mais um passo na
confirmação da preferência
no governo pela tecnologia
japonesa, em detrimento da
européia e da americana.
""Estamos próximos de
concluir, não está concluído
ainda, mas há uma oferta da
construção de um programa
chamado "nipo-brasileiro de
TV digital", afirmou o presidente em discurso no evento
de testes do diesel H-Bio, na
Repar (Refinaria Presidente
Getúlio Vargas), da Petrobras, em Araucária (PR).
"Estamos nos reunindo
com empresários e ministros
japoneses nesta semana e, se
isso der certo, não vamos
apenas ter TV digital no Brasil, mas uma fábrica de semicondutores, o que significa
um salto no desenvolvimento do país", afirmou Lula. Ele
disse que assistiu ao jogo do
Brasil contra a Austrália, no
domingo, em TV digital, mas
não disse de que tecnologia.
Técnicos dos governos
brasileiro e japonês e representantes do setor privado
japonês passaram o dia reunidos ontem no Itamaraty.
Os japoneses já concordaram em absorver tecnologia
e inovação brasileira no modelo a ser adotado no Brasil,
mas ainda falta acertar detalhes técnicos e jurídicos que
permitam oficializar a decisão, prevista para o dia 29.
Se os detalhes forem acertados, o anúncio será feito na
próxima semana, quando está prevista a vista do ministro das Comunicações do Japão, Heizo Takaneka.
Uma das questões discutidas ontem foi a forma de incorporação da tecnologia
brasileira nos aplicativos desenvolvidos conjuntamente.
Isso preocupa porque o Japão já tem TV digital com sua
própria tecnologia. Uma solução seria incorporar tecnologia brasileira aos produtos
consumidos no Brasil e exportados à América Latina. O
governo brasileiro, porém,
quer garantir mercado em
área maior.
Outro tema de discussão
foi o desenvolvimento de um
conversor de cerca de US$
100, para que os consumidores pudessem receber imagens digitais em seus aparelhos sem precisar trocá-los.
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