São Paulo, quarta-feira, 21 de junho de 2006

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TECNOLOGIA

Acordo de TV Digital com Japão está próximo, diz Lula

DA AGÊNCIA FOLHA, EM ARAUCÁRIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que o governo brasileiro ""está próximo de concluir" o acordo com o Japão para adoção do padrão ISDB de TV Digital no Brasil. A declaração é mais um passo na confirmação da preferência no governo pela tecnologia japonesa, em detrimento da européia e da americana.
""Estamos próximos de concluir, não está concluído ainda, mas há uma oferta da construção de um programa chamado "nipo-brasileiro de TV digital", afirmou o presidente em discurso no evento de testes do diesel H-Bio, na Repar (Refinaria Presidente Getúlio Vargas), da Petrobras, em Araucária (PR).
"Estamos nos reunindo com empresários e ministros japoneses nesta semana e, se isso der certo, não vamos apenas ter TV digital no Brasil, mas uma fábrica de semicondutores, o que significa um salto no desenvolvimento do país", afirmou Lula. Ele disse que assistiu ao jogo do Brasil contra a Austrália, no domingo, em TV digital, mas não disse de que tecnologia.
Técnicos dos governos brasileiro e japonês e representantes do setor privado japonês passaram o dia reunidos ontem no Itamaraty.
Os japoneses já concordaram em absorver tecnologia e inovação brasileira no modelo a ser adotado no Brasil, mas ainda falta acertar detalhes técnicos e jurídicos que permitam oficializar a decisão, prevista para o dia 29.
Se os detalhes forem acertados, o anúncio será feito na próxima semana, quando está prevista a vista do ministro das Comunicações do Japão, Heizo Takaneka.
Uma das questões discutidas ontem foi a forma de incorporação da tecnologia brasileira nos aplicativos desenvolvidos conjuntamente. Isso preocupa porque o Japão já tem TV digital com sua própria tecnologia. Uma solução seria incorporar tecnologia brasileira aos produtos consumidos no Brasil e exportados à América Latina. O governo brasileiro, porém, quer garantir mercado em área maior.
Outro tema de discussão foi o desenvolvimento de um conversor de cerca de US$ 100, para que os consumidores pudessem receber imagens digitais em seus aparelhos sem precisar trocá-los.


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