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Brasil e Canadá não chegam a acordo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Brasil não conseguiu convencer o Canadá a aceitar um pré-acordo que na prática suspenderia a briga entre os dois países na
OMC (Organização Mundial do
Comércio) e levaria todas as decisões para a mesa de negociação.
Os canadenses, na opinião de
representantes do governo, preferem esperar as decisões finais da
OMC, pois crêem que sua posição
na negociação será fortalecida.
Hoje, a OMC se posicionará sobre o pedido do Brasil de revisão
da condenação do Proex (Programa de Estímulo às Exportações),
usado nas vendas de aviões da
Embraer. A decisão inicial da
OMC foi que esse programa era
ilegal. A expectativa é que a condenação seja mantida.
Devido à posição da OMC, o Canadá pediu autorização para retaliar o Brasil comercialmente. O
pedido de retaliação, no valor de
quase US$ 500 milhões por ano,
durante sete anos, foi feito depois
que o Brasil se negou a rever os
contratos da Embraer assinados
com a ajuda do Proex, mas que
ainda não foram cumpridos.
Para evitar a retaliação, os canadenses exigem do Brasil compensações comerciais, como a redução do Imposto de Importação
para produtos do seu interesse e
participação em compras governamentais, além da mudança do
Proex nos novos contratos da
Embraer.
O objetivo brasileiro na reunião
que durou dois dias, em Montreal, era assinar um pré-acordo,
no qual se comprometeria a oferecer compensações e a mudar o
Proex. Se fosse bem sucedido, o
Canadá suspenderia o processo
de pedido de retaliação na OMC.
Na opinião de representantes
do governo, o Canadá não quis
assinar o acordo pois acredita que
poderá conseguir da OMC o seu
pedido. A decisão da OMC sobre
a retaliação que o Canadá poderá
impor ao Brasil sai no fim do mês.
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