São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 2000


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Brasil e Canadá não chegam a acordo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Brasil não conseguiu convencer o Canadá a aceitar um pré-acordo que na prática suspenderia a briga entre os dois países na OMC (Organização Mundial do Comércio) e levaria todas as decisões para a mesa de negociação.
Os canadenses, na opinião de representantes do governo, preferem esperar as decisões finais da OMC, pois crêem que sua posição na negociação será fortalecida.
Hoje, a OMC se posicionará sobre o pedido do Brasil de revisão da condenação do Proex (Programa de Estímulo às Exportações), usado nas vendas de aviões da Embraer. A decisão inicial da OMC foi que esse programa era ilegal. A expectativa é que a condenação seja mantida.
Devido à posição da OMC, o Canadá pediu autorização para retaliar o Brasil comercialmente. O pedido de retaliação, no valor de quase US$ 500 milhões por ano, durante sete anos, foi feito depois que o Brasil se negou a rever os contratos da Embraer assinados com a ajuda do Proex, mas que ainda não foram cumpridos.
Para evitar a retaliação, os canadenses exigem do Brasil compensações comerciais, como a redução do Imposto de Importação para produtos do seu interesse e participação em compras governamentais, além da mudança do Proex nos novos contratos da Embraer.
O objetivo brasileiro na reunião que durou dois dias, em Montreal, era assinar um pré-acordo, no qual se comprometeria a oferecer compensações e a mudar o Proex. Se fosse bem sucedido, o Canadá suspenderia o processo de pedido de retaliação na OMC.
Na opinião de representantes do governo, o Canadá não quis assinar o acordo pois acredita que poderá conseguir da OMC o seu pedido. A decisão da OMC sobre a retaliação que o Canadá poderá impor ao Brasil sai no fim do mês.



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