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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Abertura de capital da Infraero pode elevar preços, diz especialista
A abertura de capital da Infraero pode acarretar no aumento das tarifas para o consumidor final -passagens e outros serviços. Isso porque a
operação pode ficar mais cara,
de acordo com o contrato adotado. O custo do uso do aeroporto pode ficar mais alto.
As observações são do professor R. John Hansman, do
Departamento de Aeronáutica
e Astronáutica do MIT (Massachusetts Institute of Technology), dos EUA.
Ele avalia que o perfil do aeroporto de Congonhas é comum a muitos no mundo. "O
aeroporto fica dentro da cidade, o que é desejável e cômodo
para os habitantes, mas fica
inapto a crescer, já que a cidade
ocupa todo o seu entorno", diz.
Segundo ele, o aeroporto de
Midway, em Chicago, tem o
mesmo modelo e, há dois anos,
teve acidente semelhante. Em
2005, um avião da Southwest
Airlines aterrissou e, sob uma
nevasca, deslizou pela pista,
passou sobre uma cerca e foi
parar em uma via expressa.
Deixou um morto, um menino
de seis anos, que estava em um
carro que trafegava pela via.
Hansman acredita que a
abertura de capital pode ser
uma medida eficiente, mas não
resolve todos os problemas. Ele
cita os exemplos de aeroportos
americanos -os privatizados
são sempre pequenos, há alguns com administração mista
e outros totalmente subordinados ao governo, como os do Estado de Nova York.
"Há problemas específicos
no sistema brasileiro e é difícil
dizer o que é a solução para o
país. O que vejo é que o Brasil é
um dos que mais crescem no
mundo, mas a infra-estrutura
ainda é precária. Não acompanha o crescimento", diz.
Para a economista Amarylis
Romano, da Tendências, mais
importante que a sinalização
do governo para a abertura de
capital do setor de prestação de
serviços aeroportuários é o pedido de reavaliação da regulamentação das multas aplicadas
às prestadoras de serviço.
"Com isso, podemos ter um
resultado mais rápido. A gente
não pode mais viver essa situação de ninguém é dono de nada,
ninguém sabe de nada", afirma.
Romano diz que a abertura
de capital é importante porque
o governo não tem dinheiro para ampliar a estrutura aeroportuária. No entanto, não concorda com o argumento de que a
operação dos aeroportos ficaria
mais cara. "Não vejo a menor
lógica. Acho que vai ficar até
mais transparente."
MODA DE INVERNO
A marca Softy's, da Melhoramentos Papéis, acaba de fazer
alguns lançamentos da sua coleção 2007 de lenços de papel
e passa a oferecer produtos com aroma. "Essa é a primeira
vez que trazemos ao mercado lenços relaxantes e anti-stress", afirma Aldo Bergamasco, diretor de marketing da empresa. O momento em que os novos produtos chegam às
gôndolas, de acordo com Bergamasco, é oportuno. "Inverno
é lenço de papel", diz. O volume de vendas chega a crescer
até 30%, e a empresa atinge o limite de sua capacidade de
produção.
Clínica traz ao país meias sob medida
Em parceria com a empresa alemã Bauerfeind, a Clínica Miyake, do médico Kasuo
Miyake, vai trazer ao Brasil
uma tecnologia para a produção de meias elásticas
com diferentes níveis de
pressão específicos para cada usuário. As meias são
produzidas sob medida para
cada uma das pernas e os
cálculos para as medidas são
feitos na Alemanha.
O produto, que tem diferentes níveis de pressão para
quem tem tendência para
varizes ou simplesmente para dar conforto, traz o nome
do usuário na embalagem,
segundo Miyake.
O produto pode ser usado
por qualquer pessoa, independentemente de haver
doença vascular.
O produto é recomendado
para quem trabalha o dia todo em pé ou para quem viaja
muito e fica muito tempo
dentro de avião. As meias
podem chegar a custar
100.
NO EXTERIOR
A participação do Brasil
na Feira Internacional de
Luanda, organizada pela
Apex, gerou quase US$ 40
milhões em negócios para 41
empresas brasileiras de
construção civil, máquinas e
equipamentos, alimentos e
bebidas, utilidades domésticas, decoração, bijuterias,
confecções, calçados, produtos de limpeza e transporte
marítimo. Também compraram do Brasil importadores de países como Congo,
África do Sul e Tanzânia.
NO PÓDIO
A Africa, de Nizan Guanaes, ocupa o primeiro lugar
das empresas 100% nacionais do ranking Ibope Monitor, que afere o investimento das agências em compra
de mídia. Na pesquisa anterior, a Africa ocupava a 11ª
colocação, no ranking geral,
passando agora para o sétimo lugar, movimentando
R$ 379,6 milhões. Assim como nos anos anteriores, a
Young & Rubicam ocupa a
primeira posição no ranking
geral.
SOB NOVA DIREÇÃO
Depois de sete anos, Romeu Chap Chap vai deixar a
presidência do Secovi-SP. O
engenheiro de produção
João Batista Crestana assume o cargo, com mandato
até 2009. De família de incorporadores, Crestana atua
no Secovi-SP há 21 anos e já
integrou a diretoria da entidade. Ocupou também a vice-presidência de Incorporação Imobiliária na última
gestão de Romeu Chap
Chap. As eleições na instituição acontecem dia 8 de
agosto, em sua sede, na Vila
Mariana.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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