São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

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Mercado Aberto

GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br

Abertura de capital da Infraero pode elevar preços, diz especialista

A abertura de capital da Infraero pode acarretar no aumento das tarifas para o consumidor final -passagens e outros serviços. Isso porque a operação pode ficar mais cara, de acordo com o contrato adotado. O custo do uso do aeroporto pode ficar mais alto.
As observações são do professor R. John Hansman, do Departamento de Aeronáutica e Astronáutica do MIT (Massachusetts Institute of Technology), dos EUA.
Ele avalia que o perfil do aeroporto de Congonhas é comum a muitos no mundo. "O aeroporto fica dentro da cidade, o que é desejável e cômodo para os habitantes, mas fica inapto a crescer, já que a cidade ocupa todo o seu entorno", diz.
Segundo ele, o aeroporto de Midway, em Chicago, tem o mesmo modelo e, há dois anos, teve acidente semelhante. Em 2005, um avião da Southwest Airlines aterrissou e, sob uma nevasca, deslizou pela pista, passou sobre uma cerca e foi parar em uma via expressa. Deixou um morto, um menino de seis anos, que estava em um carro que trafegava pela via.
Hansman acredita que a abertura de capital pode ser uma medida eficiente, mas não resolve todos os problemas. Ele cita os exemplos de aeroportos americanos -os privatizados são sempre pequenos, há alguns com administração mista e outros totalmente subordinados ao governo, como os do Estado de Nova York.
"Há problemas específicos no sistema brasileiro e é difícil dizer o que é a solução para o país. O que vejo é que o Brasil é um dos que mais crescem no mundo, mas a infra-estrutura ainda é precária. Não acompanha o crescimento", diz.
Para a economista Amarylis Romano, da Tendências, mais importante que a sinalização do governo para a abertura de capital do setor de prestação de serviços aeroportuários é o pedido de reavaliação da regulamentação das multas aplicadas às prestadoras de serviço.
"Com isso, podemos ter um resultado mais rápido. A gente não pode mais viver essa situação de ninguém é dono de nada, ninguém sabe de nada", afirma.
Romano diz que a abertura de capital é importante porque o governo não tem dinheiro para ampliar a estrutura aeroportuária. No entanto, não concorda com o argumento de que a operação dos aeroportos ficaria mais cara. "Não vejo a menor lógica. Acho que vai ficar até mais transparente."

MODA DE INVERNO

A marca Softy's, da Melhoramentos Papéis, acaba de fazer alguns lançamentos da sua coleção 2007 de lenços de papel e passa a oferecer produtos com aroma. "Essa é a primeira vez que trazemos ao mercado lenços relaxantes e anti-stress", afirma Aldo Bergamasco, diretor de marketing da empresa. O momento em que os novos produtos chegam às gôndolas, de acordo com Bergamasco, é oportuno. "Inverno é lenço de papel", diz. O volume de vendas chega a crescer até 30%, e a empresa atinge o limite de sua capacidade de produção.

Clínica traz ao país meias sob medida

Em parceria com a empresa alemã Bauerfeind, a Clínica Miyake, do médico Kasuo Miyake, vai trazer ao Brasil uma tecnologia para a produção de meias elásticas com diferentes níveis de pressão específicos para cada usuário. As meias são produzidas sob medida para cada uma das pernas e os cálculos para as medidas são feitos na Alemanha.
O produto, que tem diferentes níveis de pressão para quem tem tendência para varizes ou simplesmente para dar conforto, traz o nome do usuário na embalagem, segundo Miyake.
O produto pode ser usado por qualquer pessoa, independentemente de haver doença vascular.
O produto é recomendado para quem trabalha o dia todo em pé ou para quem viaja muito e fica muito tempo dentro de avião. As meias podem chegar a custar 100.

NO EXTERIOR
A participação do Brasil na Feira Internacional de Luanda, organizada pela Apex, gerou quase US$ 40 milhões em negócios para 41 empresas brasileiras de construção civil, máquinas e equipamentos, alimentos e bebidas, utilidades domésticas, decoração, bijuterias, confecções, calçados, produtos de limpeza e transporte marítimo. Também compraram do Brasil importadores de países como Congo, África do Sul e Tanzânia.

NO PÓDIO
A Africa, de Nizan Guanaes, ocupa o primeiro lugar das empresas 100% nacionais do ranking Ibope Monitor, que afere o investimento das agências em compra de mídia. Na pesquisa anterior, a Africa ocupava a 11ª colocação, no ranking geral, passando agora para o sétimo lugar, movimentando R$ 379,6 milhões. Assim como nos anos anteriores, a Young & Rubicam ocupa a primeira posição no ranking geral.

SOB NOVA DIREÇÃO
Depois de sete anos, Romeu Chap Chap vai deixar a presidência do Secovi-SP. O engenheiro de produção João Batista Crestana assume o cargo, com mandato até 2009. De família de incorporadores, Crestana atua no Secovi-SP há 21 anos e já integrou a diretoria da entidade. Ocupou também a vice-presidência de Incorporação Imobiliária na última gestão de Romeu Chap Chap. As eleições na instituição acontecem dia 8 de agosto, em sua sede, na Vila Mariana.


com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA


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