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Para conter crescimento, China eleva juros
Após registrar a maior expansão do PIB desde 1995, país aumenta taxa de empréstimo para o maior patamar em 8 anos
Economia se expandiu em 11,9% de abril a junho, elevando os temores de superaquecimento; meta de Pequim é de 8% para o ano
12.mar.07/Reuters
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Funcionário de banco conta cédulas de yuan; país aumentou juros para o maior nível em 8 anos |
DA BLOOMBERG
Um dia após anunciar o
maior crescimento de sua economia em 12 anos, o governo
chinês elevou pela terceira vez
desde março -e a quinta desde
abril do ano passado- a sua taxa de juros, em uma tentativa
de conter a inflação e reduzir o
ritmo de expansão do país,
afastando o risco de superaquecimento.
A taxa de empréstimo de um
ano, referencial para o mercado, passará de 6,57% para
6,84%, seu mais elevado patamar dos últimos oito anos, segundo o Banco Popular da China, o BC do país asiático. Já a taxa para depósitos também sofrerá reajuste de 0,27 ponto
percentual, passando a 3,33%, e
um imposto sobre as receitas
geradas por juros será reduzido
no próximo dia 15 de agosto para estimular a poupança.
A meta anunciada pelo governo é de expansão de 8% do
PIB (Produto Interno Bruto)
neste ano, mas a economia do
país cresceu 11,9% no segundo
trimestre. Com isso, a China
deve tirar da Alemanha o posto
de terceira maior economia do
mundo. Caso isso ocorra, pela
primeira vez em 32 anos, EUA,
Japão e Alemanha não ocuparão os três primeiros postos.
O primeiro-ministro chinês,
Wen Jiabao, pretende desacelerar a concessão de empréstimos e os investimentos -que
estão sendo alimentados por
exportações em patamar recorde. Os preços ao consumidor
registraram seu maior avanço
do último período de quase três
anos em junho passado, e os investimentos em fábricas e propriedades dispararam.
"Nós acreditamos que essa é
uma medida positiva, pois ela
ajuda a conter as pressões do
superaquecimento (da economia) na China", disse Liang
Hong, economista do Goldman
Sachs. "Mas esse reajuste de
0,27 ponto percentual é insuficiente e nós continuamos prevendo mais um reajuste até o final deste ano."
Os reajustes dos juros conduzirão a um crescimento "razoável" da base monetária, dos empréstimos e dos investimentos,
além de "regular e estabilizar"
as expectativas de inflação, disse o BC chinês em seu site.
O imposto sobre as receitas
geradas por juros cairá de 20%
para 5% para combater os efeitos da inflação sobre a poupança, afirmou o governo chinês.
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