São Paulo, sábado, 21 de julho de 2007

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Para conter crescimento, China eleva juros

Após registrar a maior expansão do PIB desde 1995, país aumenta taxa de empréstimo para o maior patamar em 8 anos

Economia se expandiu em 11,9% de abril a junho, elevando os temores de superaquecimento; meta de Pequim é de 8% para o ano

12.mar.07/Reuters
Funcionário de banco conta cédulas de yuan; país aumentou juros para o maior nível em 8 anos


DA BLOOMBERG

Um dia após anunciar o maior crescimento de sua economia em 12 anos, o governo chinês elevou pela terceira vez desde março -e a quinta desde abril do ano passado- a sua taxa de juros, em uma tentativa de conter a inflação e reduzir o ritmo de expansão do país, afastando o risco de superaquecimento.
A taxa de empréstimo de um ano, referencial para o mercado, passará de 6,57% para 6,84%, seu mais elevado patamar dos últimos oito anos, segundo o Banco Popular da China, o BC do país asiático. Já a taxa para depósitos também sofrerá reajuste de 0,27 ponto percentual, passando a 3,33%, e um imposto sobre as receitas geradas por juros será reduzido no próximo dia 15 de agosto para estimular a poupança.
A meta anunciada pelo governo é de expansão de 8% do PIB (Produto Interno Bruto) neste ano, mas a economia do país cresceu 11,9% no segundo trimestre. Com isso, a China deve tirar da Alemanha o posto de terceira maior economia do mundo. Caso isso ocorra, pela primeira vez em 32 anos, EUA, Japão e Alemanha não ocuparão os três primeiros postos.
O primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, pretende desacelerar a concessão de empréstimos e os investimentos -que estão sendo alimentados por exportações em patamar recorde. Os preços ao consumidor registraram seu maior avanço do último período de quase três anos em junho passado, e os investimentos em fábricas e propriedades dispararam.
"Nós acreditamos que essa é uma medida positiva, pois ela ajuda a conter as pressões do superaquecimento (da economia) na China", disse Liang Hong, economista do Goldman Sachs. "Mas esse reajuste de 0,27 ponto percentual é insuficiente e nós continuamos prevendo mais um reajuste até o final deste ano."
Os reajustes dos juros conduzirão a um crescimento "razoável" da base monetária, dos empréstimos e dos investimentos, além de "regular e estabilizar" as expectativas de inflação, disse o BC chinês em seu site.
O imposto sobre as receitas geradas por juros cairá de 20% para 5% para combater os efeitos da inflação sobre a poupança, afirmou o governo chinês.


Texto Anterior: Telefonia 2: Lucro líquido da Telefônica cai 13,1% no 2º tri
Próximo Texto: Após reclamações sobre qualidade, país fecha 3 fábricas por motivos de segurança
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.