DA SUCURSAL DO RIO

A Petrobras vai processar em suas refinarias no Brasil o equivalente a 1,8 milhão de barris de petróleo por dia a partir de 2005. Em 2000, último dado fornecido pela estatal, tinham sido refinados 1,6 milhão de barris.
Apesar do crescimento, o gerente de investimentos em refino da Petrobras, Ricardo Barreto, estima que cerca de 20% do consumo brasileiro de derivados de petróleo terá de ser importado em 2005. Hoje, de acordo com a ANP (Agência Nacional de Petróleo), o país importa cerca de 15% dos derivados.
Segundo ele, o país terá de aumentar principalmente o volume importado de nafta (matéria-prima petroquímica) e diesel. No caso da gasolina, produto que hoje o país tem excedentes e chega a exportá-los, toda a produção terá de ser descolada para abastecer o mercado interno.
De acordo com dados da ANP, o Brasil exportou 15,4 milhões de barris de gasolina em 2001. O consumo interno foi de 101,7 milhões de barris.
No ano passado, as importações de nafta e diesel chegaram a 18,7 milhões de barris diários e a 39 milhões, respectivamente.
Em 2005, haverá um descasamento entre o aumento da produção de óleo e a ampliação do parque de refino.
Segundo a ANP já havia divulgado, a produção de petróleo crescerá num ritmo maior, levando o país a exportar óleo cru e a importar alguns tipos de derivados.
Apesar do aumento da capacidade de refino, ele não será suficiente para processar toda a produção de óleo da estatal, que deve chegar a auto-suficiência em 2005, produzindo cerca de 2 milhões de barris de óleo por dia. Barreto prevê que as refinarias só terão capacidade para refinar 80% do total de petróleo extraído.
As previsões são baseadas num cenário de crescimento econômico médio de 3% ao ano até 2005.
Barreto afirmou que a Petrobras aumentará sua capacidade de refino sem construir novas unidades. Serão feitas pequenas ampliações ou adaptações nas 11 refinarias já existentes.


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