São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

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Eleições afetam atitude de bancos sobre o Brasil, diz assessor de Bush

DE WASHINGTON

O presidente do Conselho de Economistas da Casa Branca, Glenn Hubbard, disse ontem que ainda existe "risco político" no Brasil e que as incertezas eleitorais dificultam o sucesso de acordos entre o governo brasileiro e bancos estrangeiros.
Hubbard foi evasivo sobre o sucesso do acordo entre Brasil e FMI (Fundo Monetário Internacional). "Quando há risco político no curto prazo, é muito difícil desenhar programas (de ajuda a um determinado país). Não sei qual é o referencial adequado para dizermos se foi um sucesso ou não."
Durante entrevista, o economista disse que "o Brasil enfrenta risco político" e que esse risco "é um desafio aos bancos que ajudam a economia brasileira."
Segundo ele, o Brasil adotou várias políticas corretas -como a responsabilidade fiscal e a política monetária-, mas continuaria sendo prejudicado por incertezas "significativas" com relação à manutenção ou não das atuais políticas econômicas.
Mas Hubbard disse que encontros como o de segunda-feira entre o presidente Fernando Henrique Cardoso e os presidenciáveis ajudam a dissipar incertezas.
Segundo o economista, é limitada a ajuda que a Casa Branca e as instituições financeiras internacionais podem dar ao Brasil. "Não cabe às instituições financeiras internacionais e aos EUA ditarem o voto no Brasil. O que a comunidade financeira internacional pode dizer, no entanto, é que alguns tipos de política promovem crescimento e, sem essas políticas, os recursos das instituições financeiras internacionais não serão capazes de restaurar o crescimento e a confiança no país." (MA)


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