DA FOLHA ONLINE

O banco americano de investimentos JP Morgan projeta uma cotação de R$ 3,50 para o dólar comercial no final de setembro. O motivo é a tensão do mercado sobre o resultado das eleições presidenciais. Para o banco, a moeda americana deve chegar ao final do ano valendo R$ 3,20.
Além disso, o JP Morgan rebaixou ontem sua projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil neste ano, de 0,7% para 0,5%. Para 2003, a instituição revisou de 2,7% para 2% a expectativa de alta do PIB.
As projeções para o dólar do JP Morgan, instituição que calcula a taxa de risco-país mais usada pelo mercado -o índice Embi+-, contrariam as previsões divulgadas ontem pela Febraban (Federação Brasileira das Associações de Bancos).
A partir das projeções de economistas de 61 instituições financeiras, a Febraban elaborou estudo com as seguintes projeções: crescimento do PIB abaixo de 2% neste ano, inflação acima do teto da meta estabelecida pelo governo, dólar em R$ 2,77 até o fim de dezembro e redução de um ponto percentual nos juros básicos nos próximos quatro meses.
Os bancos prevêem, na média, crescimento de 1,83% do PIB para este ano e de 2,91% para 2003.
Enquanto isso, o dólar, que ontem fechou na cotação de R$ 3,10, deve ser vendido, segundo as projeções, a R$ 2,77 no fim de dezembro, época em que o risco-país brasileiro, hoje oscilando na faixa próxima dos 2.000 pontos, deve estar a 1.262 pontos. Para o fim de 2003, a projeção é que o dólar esteja valendo R$ 2,90.
Segundo o economista-chefe da Febraban, Roberto Luis Troster, a interpretação da pesquisa mostra que os problemas da economia brasileira são "conjunturais e superáveis, com boas perspectivas de médio e longo prazo".


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