São Paulo, quarta-feira, 21 de agosto de 2002

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Para empresas, novas linhas não são suficientes, mas "ajudam muito"

DA REPORTAGEM LOCAL

O setor exportador considera um ""alívio" a formalização de recursos do Banco Central e BNDES para financiamento às exportações, mas estima que os valores possam não ser suficientes.
"Não diria que resolve, mas ajuda muito", disse José Augusto de Castro, da AEB (Associação dos Exportadores do Brasil).
O analista da AEB disse que o dinheiro anunciado anteontem pelo governo vai suprir momentaneamente as linhas tradicionais, mas que continua sendo essencial o retorno das linhas oferecidas pelos bancos comerciais.
O presidente da Abracex (Associação Brasileira de Comércio Exterior), Roberto Segatto, avaliou que os cerca de US$ 7 bilhões colocados à disposição (dos quais US$ 4,6 bilhões anunciados nos últimos dez dias) para financiar as exportações permanecem insuficientes. ""Se a meta de exportações do ano soma US$ 60 bilhões, pouco mais de 11% é pouco para irrigar o mercado", diz Segatto. O contraponto é que, no ano passado, os recursos oficiais haviam sido menores. ""Mas o restante era oferecido pelos bancos privados. A diferença é que essas linhas estão cortadas."
Segundo a Abracex, a oferta de crédito passou de nível acima de US$ 13 bilhões para US$ 5 bilhões nos últimos dois meses. Os valores estão próximos às avaliações do mercado e também da Fiesp, para quem as linhas de crédito despencaram de US$ 16 bilhões para US$ 6 bilhões.
""O anúncio do crédito do BNDES e do BC é bem-vindo. Sinaliza o compromisso de estimular as empresas. Só não concordo em o BC dizer que fará o primeiro leilão (de linha crédito) de US$ 100 milhões. É muito pouco", diz Maurice Costin, diretor de Comércio Exterior da Fiesp.


Com a Sucursal do Rio


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