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Caminhoneiros marcam greve para domingo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Federação Interestadual de
Caminhoneiros Autônomos
decidiu ontem, após reunião
com a equipe dos ministérios
de Minas e Energia, dos Transportes e da Justiça, paralisar as
atividades por tempo indeterminado a partir de domingo.
A federação possui 400 mil filiados em diversos sindicatos, o
que representa um terço da frota de transporte de carga do
país. A categoria reivindica
maior segurança nas estradas,
redução de 30% no valor do
óleo diesel e congelamento do
preço por seis meses, atualização do custo do frete, transferência do custo das multas para
as transportadoras e direito a
crédito do ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias
e Serviços).
Em julho de 1999, os caminhoneiros pararam o país por
quatro dias protestando contra
aumento do combustível, pedágios e multas nas estradas federais. Em dezembro daquele
ano, uma greve em São Paulo
fracassou por pouca adesão.
A reunião com emissários
dos ministérios aconteceu ontem no Palácio do Planalto e
durou três horas e dez minutos.
Segundo José Fonseca, 60,
coordenador nacional do movimento, não haverá piquetes
ou protestos. "Os caminhoneiros ficarão em casa e só."
"Todos os candidatos a presidente falam em aumentar as
exportações, mas, se o PIB
crescer 3% ou 4%, o Brasil pára
porque não vai ter quem transporte a produção", afirmou.
A assessoria do Ministério da
Justiça afirmou que atenderá
em 120 dias os pedidos por
mais segurança nas estradas.
Os ministérios dos Transportes
e de Minas e Energia não retornaram as ligações da Folha até
o fechamento da edição.
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